Os guardas da Sanear, em Resende, passam por dificuldades desde que a agência foi transformada em agência reguladora. Embora sejam todos servidores concursados, em regime semelhante aos dos guardas municipais, segundo alguns deles, não são dadas fardas e o adicional de risco de vida de todos é pago em proporções diferentes aos dos outros integrantes da guarda municipal.
— Estamos trabalhando sem farda, os oito guardas deste local. Vamos com roupas comuns e alguns estão trabalhando de chinelo. Já não sabemos mais a quem recorrer, pois estamos esquecidos. Isso nunca aconteceu. Os guardas da Sanear, além de não terem o fardamento, têm um adicional de risco de vida de 50% e passaram o dos outros guardas da prefeitura para 100% do salário. Sem identificação está difícil trabalhar, tanto durante a noite, quanto durante o dia – lamentou um dos profissionais que pediu para que ele e os colegas não fossem identificados, por medo de retaliações.
Segundo alguns dos servidores, antes de a empresa – que já foi Resende Águas e Esamur – se tornar Sanear, todos recebiam o fardamento completo, inclusive com as botinas. Sem dinheiro para comprar o calçado fechado para trabalhar, relatam a realidade de outros colegas, que vão trabalhar até de chinelo por não ter condições de comprar os sapatos, que são caros. Um deles, por não concordar com a falta de uniformes, recorta o nome da empresa de fardas antigas e costura em camisas novas, compradas com o próprio dinheiro.
Leia mais sobre as dificuldades dos guardas patrimoniais da Sanear no jornal BEIRA-RIO.