Acredite se Quiser

– Os montadores da Man Latin America passaram a semana em casa. É que, após retornarem do Carnaval, a empresa decretou férias coletivas para os profissionais da linha de montagem por duas semanas. Xii…

– A população de Resende parece estar insatisfeita com os vereadores da cidade. Nesta semana, uma van de transporte foi flagrada na Avenida Gustavo Jardim com o seguinte adesivo: “Dois anos já se passaram, o que fizeram os nobres vereadores para o povo resendense? O mesmo que o peixe faz…”.

– Falando neles, a divisão das comissões da Casa anda criando polêmica. É que o vereador Kiko Besouchet (PP) é o presidente da Comissão de Obras e Serviços e a principal obra dos vereadores, da nova sede do Legislativo, está sob investigação na Justiça devido a problemas que começaram na gestão de Besouchet. Cadê a ética?

– Aliás, sobre o processo, o advogado Nilo Sérgio Gomes, que moveu a ação, está esperando os dois ex-presidentes da Câmara Municipal, Kiko Besouchet e Bira Ritton (PP) serem citados para apresentar sua defesa. Os dois têm acesso fácil, já que estão, ao menos, duas vezes por semana nas sessões da Câmara Municipal, mas mesmo assim são os únicos réus que ainda não foram intimados a comparecer ao fórum. O advogado deve ir ao fórum nos próximos dias para tentar descobrir o que está impedindo a citação. Este é o último passo antes de analisar os pedidos de bloqueio de bens de todos os réus e auditoria em todos os documentos referentes à obra, que teve início em 2011 e até agora não foi concluída.

– Ainda sobre os vereadores, a sessão do dia 24 foi um festival de escândalos. Primeiro foi a leitura do requerimento do ComSocial (ver páginas 11 e 13), pedindo a abertura de uma CPI para investigar as denúncias de propina na prefeitura. Kiko Besouchet também entregou um ofício convidado o empresário Guilherme Rezende, autor das denúncias, a comparecer à Câmara no próximo dia 6. Resta saber se o empresário vai querer comparecer, já que legalmente não tem qualquer obrigação com o município.

– Depois José Olímpio (PCdoB) entrou com dois requerimentos que também geraram discussão. No primeiro, ele denuncia irregularidades nas obras da creche da Morada da Barra semelhantes às denunciadas na creche da Morada do Contorno, que teve uma parte desabada em novembro passado (ver páginas 11 e 13). No segundo, cobra explicações sobre as casas populares do bairro Parque Minas Gerais, que como o BEIRA-RIO havia mostrado em uma matéria de 2014, estão com as obras paralisadas e acabando por falta de manutenção. Olímpio lembrou que as casas são os sonhos das pessoas, e que, principalmente por isso, eles deveriam ter mais responsabilidades na condução do caso. Tiago Forastieri (PSC) sugeriu que o secretário municipal de Habitação e Regularização Fundiária, Natalino de Abreu.

– Francisco Stênio (Solidariedade) tornou o caso ainda mais complexo ao revelar que as tais chaves das casas estavam sendo trocadas por “santinhos”, ou seja, as casas estariam sendo usadas para compra de votos. Ele lembrou que havia feito um projeto de lei pedindo transparência nas escolhas das famílias, que após ter sido vetado pelo prefeito e ter tido o veto derrubado pelos colegas vereadores, acabou sendo sancionado, mas que não foi cumprido. De acordo com o vereador, a lei poderia ajudar a coibir ações como esta, mas não saiu do papel. Stênio foi além e disse ter provas do que estava falando. Mas como sempre, nas denúncias de Stênio, o “nome do santo” ficou para “os próximos capítulos”.

– Na sessão ainda teve a denúncia sobre o Pontilhão do Surubi. Irâni Ângelo (Pros) pediu um estudo de viabilidade para que ambulâncias pudesse passar pelo local, otimizando o atendimento a pacientes de emergência. Foi quando Roque Cerqueira (PDT) revelou que a situação do pontilhão havia ficado tão precária desde que a prefeitura tentou desviar o trânsito pesado para lá que o estudo deveria analisar até o risco de passagem de ciclistas e pedestres. Ah, se o MP estivesse na sessão…

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