“Quem não paga, não recebe”

O empresário Guilherme Rezende (foto), dono da Construtora Barrense Ltda, denunciou, com exclusividade, ao jornal BEIRA-RIO, um esquema de propina em obras realizadas para a Prefeitura de Resende. Segundo ele, a prefeitura pede de volta uma parte do dinheiro repassado para a obra, uma espécie de “comissão”, que se não for aceita pelas empreiteiras resulta em problemas para receber os pagamentos. A Construtora Barrense, vencedora da licitação, foi a primeira empresa a participar da construção da creche da Morada do Contorno, que teve parte da marquise desabada em novembro de 2014. A obra foi abandonada pela empresa – segundo o empresário por falta de pagamento por parte do governo municipal – e, mais tarde, outras três construtoras passaram pela construção.

O Centro de Educação Infantil Maria das Dores de Almeida Duarte, conhecido como Cemei Dona Lili, ou como creche da Morada do Contorno, começou a ser construído em 2008, mas foi inaugurada somente em setembro 2013. O projeto da creche é do programa ProInfancia, do Governo Federal que custeia a maior parte da obra com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e ainda orienta de que forma o projeto deve ser executado, com todas as suas especificações técnicas. No ano em que a obra foi inaugurada, a arquiteta Sheila Cruz, que havia trabalhado supervisionando a construção, denunciou vícios de construção, como uso de material de má qualidade e problemas na estrutura, inclusive com a ausência de estruturas metálicas na base do prédio. Meses mais tarde, o empreiteiro Moises Alves Pereira Junior, da empresa BBC Milênio Construções e Empreendimentos Imobiliários Ltda, segunda construtora a participar da obra, fez acusações semelhantes, dando início a um inquérito junto ao Ministério Público Federal (MPF).

Em novembro de 2014, parte de uma marquise do prédio desabou, no momento, mais de 100 crianças estavam local, e o prédio foi interditado.

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