Acredite se Quiser

– A prefeitura de Itatiaia enviou, na semana passada, uma nota de esclarecimento quanto às dúvidas dos artesãos da Cachoeira do Escorrega, referente à matéria publicada na página 9. Na matéria, os artesãos relatam o medo de deixar o local, onde trabalham há 20 anos, depois de informações da prefeitura de que teria que deixar o local. A resposta de Itatiaia, no entanto, chegou após o fechamento da edição, e por isso não pôde ser incorporada à matéria. Nela, a prefeitura afirma que está fazendo um cadastramento dos artesãos e comerciantes ambulantes de todo município, mas não menciona especificamente a associação regional de artesãos, que inclui também os profissionais de Resende. Eles também acrescentam que não são os responsáveis por definirem a situação dos profissionais que atuam na Cachoeira do Escorrega, mas o ICMBio, que comprou a área em 2011. “O que está sendo feito é um cadastramento dos artesãos e comerciantes ambulantes do município, por meio do decreto 2.441/2014, que regulamenta o comércio ambulante em Itatiaia. A Secretaria de Turismo está apoiando a iniciativa, cadastrando os artesãos (a Secretaria de Planejamento faz o cadastro dos ambulantes). Estamos tendo uma ótima aceitação dos artesãos. Nós avisamos os artesãos desse cadastro e a resposta tem sido positiva. O objetivo é cadastrar, organizar e fiscalizar para que atuem nos locais definidos pela comissão da administração municipal, que serão áreas públicas do município. Quanto à área da Cachoeira do Escorrega, ela foi adquirida pelo Parque Nacional do Itatiaia, portanto é uma área da União. As informações devem ser apuradas com o ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Enquanto Prefeitura, não seremos nós que definiremos algo, mas apoiaremos os artesãos para que tenham a oportunidade de continuar o belo trabalho que realizam”, informaram.

– Em Resende, a situação difícil é a dos moradores que precisam de atendimento médico. No dia 22 um homem enfrentou uma verdadeira saga só para aferir a pressão. Ele estava dirigindo próximo ao Hospital de Emergência e, como sentiu-se mal, entrou e pediu para aferir a pressão. Foi encaminhado a uma sala onde a primeira pergunta foi “para que o senhor quer aferir a pressão?”. Depois de dizer que se sentia mal foi encaminhado a um posto de saúde fora do hospital. Foi a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e lá, depois de fazê-lo esperar 20 minutos, o encaminharam novamente ao Hospital de Emergência. O homem então procurou um posto de saúde e conseguiu aferir a pressão. Na mesma semana, um aposentado relatou que esperou meia hora para conseguir marcar uma consulta e mostrar exames na Santa Casa. Embora fosse o único no local, as funcionárias pediram que esperasse por estarem ocupadas no computador. Ao se levantar e verificar a tela do aparelho, o aposentado descobriu qual era a ocupação: elas estavam navegando em uma rede social.

– Já na Câmara Municipal, o clima foi de animosidade na sessão do dia 21. Os vereadores estavam discutindo a adesão do município ao PMAC-CEO, que permite gratificações aos funcionários da saúde bucal, pagas pelo Governo Federal. O vereador Tiago Forastieri (PSC) então levantou alguns questionamentos, por perceber que os funcionários de cada unidade de saúde da cidade receberiam um valor diferente e o vereador Luiz Fernando de Oliveira Pedra (PDT) pediu adiamento do projeto por quatro sessões, Tiago pediu uma parte para dizer que era muito tempo. Pedra respondeu que não ia dar a parte e que era para votar sua solicitação de adiamento primeiro. Em uma votação que teve que ser desempatada pelo presidente da Casa, Bira Ritton (PP), o adiamento foi aprovado, mas Thiago Martins, o Tisga (PPS), que havia votado contra o adiamento, fez questão de se manifestar. Ele disse que não era contra o adiamento, embora o achasse longo, mas contra a arrogância e deselegância de Pedra, que não havia deixado Forastieri falar. Pedra disse que não era arrogante e que Tisga é que estava levando a questão para o lado das brigas pessoais. Xii…

– Aliás, a bruxa parece estar solta em Resende. Além das dificuldades no atendimento médico, brigas na Câmara e dívidas da prefeitura (ver página 2), a Federação das Associações de Moradores de Resende (Famar) também está sem sede e sem telefone. O grupo perdeu a sala que alugava e está se reunindo temporariamente em uma escola no bairro Campos Elíseos. Segundo o coordenador de comunicação da Famar, Jésus Fialho, os alugueis não vinham sendo pagos e há suspeitas de que alguém tenha embolsado o dinheiro destinado para isso. Vixe…

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