Acredite se Quiser

– O projeto de lei que concede uma gratificação de R$ 750 aos médicos do Hospital de Emergência de Resende a cada plantão realizado continua gerando polêmica entre os funcionários da Saúde. Nesta semana, profissionais do setor de Enfermagem do hospital chegaram a fazer uma paralisação, na manhã do dia 9, exigindo uma reunião com a diretoria do hospital. Eles criticavam o fato de apenas os médicos receberem tais gratificações e pediam melhorias salariais. Três reuniões mais tarde, a diretoria da unidade se comprometeu a enviar um documento para a Secretaria Municipal de Governo solicitando a implantação de algum programa que possa levar os profissionais da categoria – enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem – a receberem melhorias salariais. Além disso, a diretoria do hospital fez questão de frisar que o benefício de R$ 750 por plantão, embora seja uma forma de compor o salário, não é dado a todos os médicos, já que eles precisam cumprir uma série de metas para terem direito ao valor.

– Na paralisação dos profissionais de enfermagem, aliás, funcionários de outros setores do hospital também participaram e, além da remuneração, também teriam pedido melhores condições de trabalho. Como eles não se reportaram oficialmente à direção do hospital, por enquanto não houve acordo, mas a própria direção já antecipou que eles podem estar solicitando melhorias já inclusas no novo Estatuto do Servidor, que está sendo analisado pelo departamento jurídico da Câmara Municipal de Resende.

– Aliás, falando na Câmara Municipal de Resende, os vereadores discutiram as más condições financeiras da prefeitura, na sessão do dia 9. Tudo começou quando Carlos Santa Rita (PSDB) sugeriu que a prefeitura fizesse um estudo de viabilidade quanto à construção de um Centro de Treinamento de Vôlei, no Parque Tobogã, para formar futuros atletas. Tiago Martins, o Tisga (PPS), elogiou a indicação do colega e disse torcer para que fosse atendida, “apesar de o Orçamento da cidade estar caindo muito”. O Secretário de Fazenda, Renato Viegas, teria dito ao vereador que “o Orçamento não está caindo, está despencando”. Santa Rita completou a fala dizendo que, para fazer o centro sugerido por ele, o município deveria buscar recurso fora ou junto ao setor privado.

– Mesmo assim, na mesma sessão, foi realizada a primeira votação do projeto de lei 030/14, de autoria do próprio prefeito, que concede gratificações aos servidores públicos nas funções de engenheiro e arquiteto de Resende. Tisga criticou o projeto, lembrando que, “quando o município fala em gratificações, acaba abrindo precedentes para outras categorias também pedirem, e tem que avaliar se tem Orçamento para isso”. Xii, a coisa deve estar feia mesmo.

– Aliás, se o Orçamento está caindo os elogios estavam subindo, pelo menos nesta sessão. O líder de governo na casa, vereador Pedro Paulo Florenzano (PP), começou elogiando os vereadores Luiz Fernando de Oliveira Pedra (PDT) e Irâni Ângelo (PROS) por ficarem até o final da sessão, que acabou às 22h, mesmo sendo candidatos a deputado federal e estadual, respectivamente. Mas se eles são vereadores, uma das obrigações deles não é ficar até o final da sessão? Depois, Pedro Paulo continuou elogiando os outros colegas, dizendo que está “cada vez mais impressionado com as forças políticas que a atual legislatura da Câmara tem”. Continuou acrescentando que, na Casa, “há lideranças de expressão não apenas para tentar os limites das assembleias, mas para tentar a prefeitura”. Ih, deixa a família Rechuan saber disso.

– Enquanto isso, em Itatiaia, o prefeito Luis Carlos Ypê (PP), resolveu fazer uma audiência pública para tentar diminuir as confusões causadas pelo Projeto de Lei 248/14, que prevê mais contratações através de terceirizações e menos funcionários de carreira, através da extinção de vários cargos. O Secretário de Administração Eloísio Victer foi o encarregado de prestar os esclarecimentos. Estava marcada para às 18h, na Câmara Municipal, no dia 11, mas até o fechamento desta edição a redação não teve mais notícias sobre a reunião.

– A montadora de automóveis e motores Nissan vai suspender, a partir do dia 15, os contratos de trabalho de 290 empregados da unidade de Resende, inaugurada em abril deste ano. A medida é uma resposta à crise no setor automotivo, que teve uma redução 8,62% nos emplacamentos de janeiro a agosto de 2014 em comparação com o mesmo período de 2013. Saiba mais no www.jornalbeirario.com.br.

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