Acredite se Quiser

– Enquanto tem candidato cheio de assessores orientando como fazer para não ser punido durante a campanha eleitoral e não correr o risco de ser cassado, como aconteceu com o prefeito José Rechuan Junior (PP), que atualmente só consegue se manter no pleito com o apoio de uma liminar, outros candidatos parecem não estar nem aí ou desconhecer a lei. O candidato a reeleição como deputado estadual Márcio Pacheco (PSC), que não é da cidade, por exemplo, apareceu na inauguração do Centro de Atendimento ao Autista de Resende (Cemear), no dia 29. Rapidinho foi avisado pela organização do evento e “deu o fora” antes que uma câmera o flagrasse – ou quase antes, já que a equipe do BEIRA-RIO estava por lá… Abre o olho, TRE-RJ.

– Enquanto isso, no setor de perícia de Resende, houve fiscalização no dia 2. Uma equipe do Instituto de Criminalística Carlos Éboli fez uma fiscalização em todos os locais onde há perícia em Resende, Hospital de Emergência, Hospital e Maternidade Apmir, Posto de Perícia Técnica e IML. A fiscalização estaria sendo realizada em todo o estado a pedido do Ministério Público Estadual (MPE) e o objetivo seria gerar um relatório para ser encaminhado ao Governo do Estado. A equipe de perícia de Resende acompanhou toda a fiscalização, mas não foi informada sobre seus objetivos. A equipe do MPE de Resende também não conhecia a fundo as motivações da visita. Já a assessoria de comunicação do MPE do Rio de Janeiro limitou-se a confirmar a fiscalização e dizer que ela foi feita por profissionais de apoio técnico do Gaac com o objetivo de analisar a estrutura e o material utilizado nas perícias e que não há previsão para que um relatório final sobre a mesma seja divulgado.

– Falando na perícia, aliás, parece que a empresa responsável pelos funcionários, contratada pelo Governo do Estado, estaria “esquecendo” de pagar a passagem dos trabalhadores do posto de perícia técnica. Tem dia que a passagem tem que ser paga através de contribuições dos colegas. Que vergonha!

– A semana definitivamente não foi das mais fáceis para a Polícia Civil de Resende. Se na terça houve fiscalização, na quarta-feira, dia 3, faltou luz na delegacia. O problema teria começado às 4h da manhã e até quase às 8h a iluminação não havia sido restabelecida…

– André Diniz, o personagem que na semana passada havia denunciado problemas para marcar uma consulta e mostrar exames no posto de saúde da Rua Doutor João Maia, voltou à redação do jornal BEIRA-RIO nesta semana para dizer que continua sem marcar a consulta. Desta vez, o sistema foi restabelecido, mas disseram que não há vagas no local. Xiii…

– O vereador Carlos Santa Rita (PSDB) não apareceu na sessão do dia 2 da Câmara Municipal de Resende e foi alvo de piadas dos colegas. Tiago Martins, o Tisga (PPS), comentou que o colega não está mais aparecendo nas sessões porque a candidata Marina Silva (PSB) disparou nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República deixando o candidato Aécio Neves, do partido de Santa Rita, lá atrás. Os colegas riram bastante e a vereadora Soraia Balieiro (PSB) justificou a ausência do colega dizendo que ele estava em uma viagem a serviço do município no Rio de Janeiro. Ainda assim se declarou “feliz pelo comentário de Tisga, principalmente pelo fato de Marina ser de seu partido”. Muito engraçado! Nossa!

– Falando em Tisga, o vereador entrou com um requerimento de informações na casa pedindo a realização de uma audiência pública para discutir a viabilidade de a Guarda Municipal de Resende portar armas de fogo. A lei 13.022/14, de autoria do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB), foi sancionada no dia 11 de agosto e permite o porte de fogo pelas guardas municipais do país. Tisga não se mostrou nem contrário e nem a favor da lei, apenas pediu a audiência, que foi aprovada, e deve render bastante polêmica assim que tiver a data de sua realização marcada.

– Também gerou burburinho na mesma sessão a indicação 200/14, de autoria do vereador Célio da Silva, o Caloca (PMDB), para que o próximo concurso público de Resende tenha 20% de suas vagas destinadas a cotas raciais – sem especificar quais etnias seriam contempladas. Caloca justificou que a medida já é adotada no setor de Educação no país e que por isso não vê motivos para que ela também não seja adotada na Cidade. Apesar dos burburinhos, os vereadores votaram a favor da indicação.

– Mas a polêmica da sessão do dia 2 foi fomentada pelo vereador José Olímpio (PCdoB). Ele levou fotografias de uma ponte que passa sobre o Rio Água Branca, no distrito de Vargem Grande, e fez uma indicação para fosse feita uma intervenção urgente de recuperação da ponte. O estado das pontes da região rural de Resende já foi discutido em outra sessão, meses atrás, quando um ônibus derrapou em uma delas e caiu, ferindo vários passageiros. Joaquim Romério (PMDB) afirmou que a situação é absurda e declarou que “não custa mais de R$ 5 mil um madeirame para fazer essa ponte” e Soraia acrescentou que “tenho muitos elogios a fazer às estradas, mas o problema continua sendo as pontes”. Tisga também se declarou recoltado e disse que, quando acontecer um acidente no local vai “pedir a gravação do dia 2, porque isso é um descaso”.

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