Obra de drenagem revela que Águas das Agulhas Negras não cumpre o que foi planejado

A Avenida Gustavo Jardim, no Centro de Resende, ainda nem foi fechada – as obras de drenagem pluvial e recapeamento asfáltico começaram no início de maio e devem durar dez meses –, mas já corre o risco de ser reaberta. É que o Plano Diretor de Saneamento de Resende, realizado em 2008 e divulgado em fevereiro de 2009 pela Águas das Agulhas Negras, para atender a exigência federal dos Planos de Saneamento Básico, prevê que “em 2014 seriam implantadas novas redes coletoras no local, substituídas outras que têm problemas e executadas novas ligações”, o que ainda não aconteceu. Como a obra realizada é só de drenagem pluvial, uma nova obra precisará ser feita mais tarde para incluir a reformulação do sistema de captação de esgoto.

A obra realizada na Avenida Gustavo Jardim faz parte do programa Somando Forças, uma parceria entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Resende através do qual o Estado paga 95% da obra, ou seja, R$ 1.799.991,77, e a prefeitura 5%, o que equivale a R$ 94.736,41, totalizando os R$ 1.894.728,18 que a obra afirma custar. Segundo a placa fincada no local duas semanas após o início da obra, não está previsto nenhum serviço de sistema de esgoto no local.

Da mesma forma, embora a prefeitura tenha se negado a divulgar o projeto da obra, o encarregado da empresa TPK Terraplanagem, responsável pela mesma, Adail Guedes, explicou que se trata apenas de um trabalho de drenagem pluvial, para evitar que a água da chuva alague regiões como a rodoviária da cidade.

— Só para drenagem pluvial. Aqui vamos fazer um buraco de uns quatro metros para dar caimento para o Rio Paraíba do Sul. Aqui as manilhas serão maiores, porque o volume de água da chuva será maior, e as manilhas terão diâmetro de 1200. Em cada esquina vamos fazer uma boca de lobo e vai ficando mais alto até perto da casa do general, para dar o caimento, e a manilha vai ficando menor, com diâmetro de 800 – explicou o encarregado.

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