Resende é uma cidade moderna, com um sistema de esgoto eficiente, que leva todos os efluentes para Estações de Tratamento de Efluentes (ETAs) altamente desenvolvidas, não é? Não é desta forma que pensam os moradores do bairro Itapuca. Há anos eles convivem com uma vala que corta quintais em várias ruas e com áreas em que o esgoto é a céu aberto. Pior que isso: alguns moradores pagam pelo sistema de tratamento de esgoto que não têm.
Um desses locais é a Rua Joaquim Manoel de Macedo. Segundo moradores, o esgoto desaguava em um córrego, onde ficava o Rio Pretinho. Entretanto, quando o rio foi desviado para o Campo da Aviação, restou apenas o esgoto, e com ele o mau cheiro e animais como ratos, baratas, pernilongos e cobras.
— Aqui não tem rede de esgoto e minha filha tem duas crianças pequenas. Esses dias o rato subiu para meu quintal à noite, um ratão. Moro aqui há mais de 40 anos e não tem nada disso. Roçar na beira do córrego também ninguém roça, a prefeitura nunca limpa e, por isso, as pessoas acabam jogando resto de comida, o que junta mais rato ainda. E a pernilongada? – desabafou a dona de casa Manoelina Luiza da Silva, que mora próximo ao córrego.
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