Acredite se Quiser

– O prefeito de Barra do Piraí teve sua cassação revogada na cidade, mesmo após a realização de novas eleições. Será que isso é um sinal de que os casos do prefeito de Itatiaia, Luis Carlos Ypê (PP), e Resende, José Rechuan Junior (PP), também vão terminar em pizza?

– E a campanha da primeira dama a deputada estadual continua a todo vapor – mesmo que o Tribunal Regional Eleitoral determine que elas só poderiam começar em junho. Depois de organizar palestras como a criadora de um programa que já estava criado e bater cartão em todos os eventos oficiais nos quais o prefeito participa, Ana Paula Rechuan (PMDB) agora estaria tentando organizar reuniões nos bairros para conversar com os moradores. Um dos moradores desses bairros disse que estava “doido para recebê-la” e que tem “muita coisa para perguntar a ela”. Será que vai dar briga?

– Enquanto isso, outro possível candidato nas próximas eleições, o vereador Irani Ângelo (PROS) acabou perdendo a paciência na sessão legislativa do dia 27. Tudo começou quando Carlos Augusto de Lima, o Barra Mansa (Solidariedade), fez uma indicação para que fosse feito um estudo de viabilidade sobre a possibilidade de os professores da rede municipal de ensino usarem microfones e um amplificador na cintura, para poupar a voz. Santa Rita (PSDB) pediu para que Barra Mansa retirasse a indicação, como normalmente acontece com os vereadores, porque a indicação já era dele, e Barra Mansa teimou que não ia tirar. Santa Rita então reforçou que era o dono da indicação e reforçou “quase tudo do Barra Mansa é meu”. Irani, que estava presidindo a sessão interinamente, não se agüentou e sugeriu a Barra Mansa: “Fica sua indicação então com o Santa Rita como signatário, uma vez que já está em caráter de reiteração, até agora ninguém foi atendido e até o final do ano não vai ser”.

– Pedro Paulo (PP) brincou que “acabou saindo a voz do Irani como prefeito”, deixando claro que também percebe uma postura de imposição por parte de Rechuan. Em outro momento da sessão, Luiz Fernando de Oliveira Pedra (PDT) já tinha comentado sobre as indicações: “Isso tá virando rotina, a gente pede e não é atendido”, disse. Por fim, nas explicações pessoais, Irani pediu desculpas ao público e aos vereadores, porque “não quis ser ofensivo” e justificou sua declaração, colocando a culpa nas preocupações financeiras do Executivo. “Não quis dizer que a indicação não vai ser atendida, sei que as despesas financeiras são altas”, afirmou.

– Os vereadores, aliás, mesmo que não assumam, não devem estar muito satisfeitos com o prefeito. Primeiro discutiram com relação aos pontos de ônibus – que realmente tem gerado transtornos aos moradores de Resende. Jeremias Casemiro, o Mirim (Solidariedade) comentou sobre alguns abrigos de ônibus que não protegem os moradores, como o da Avenida Riachuelo, na Liberdade, e o da Graal. “Aquilo e nada é a mesma coisa”, disse Mirim. Barra Mansa ainda lembrou das placas indicando as paradas, no bairro Cidade Alegria, já que tem ponto de ônibus que nem abrigo tem. “Já botaram tudo placa e em uma o pé ainda está podre”, revelou Barra Mansa.

– E outra briga feia é a do Estatuto dos Servidores. Na festa do trabalhador, no dia 1º de maio, o prefeito Rechuan teria entregado aos vereadores Bira Ritton (PP), Barra Mansa, Soraia Balieiro e Joaquim Romério (PMDB) um documento, dizendo publicamente que se tratava do novo Estatuto do Servidor, e que passaria a responsabilidade para a Câmara. No entanto, os vereadores afirmam que não ficaram com o documento de fato, e que agora estão sendo cobrando pelos servidores – que em Resende são muitos – sobre a aprovação do mesmo. “Quando digo que não está conosco eles não acreditam”, relatou Soraia. Santa Rita afirmou ter passado pela mesma situação quando um servidor bateu em sua casa, querendo saber do documento, e também desconfiando de que não estivesse com ele.

– Fechando a sessão desabafo, Tiago Martins, o Tisga (PPS), havia entrado com um requerimento no início da sessão pedindo uma audiência pública sobre a situação do futebol de Resende. É que a Prefeitura de Resende não pode pagar os árbitros para a realização de campeonatos, mas deve pagar a Liga Desportiva de Resende, e esta fazer o repasse, o que não vinha acontecendo. Com isso, vários campeonatos não têm como serem realizados na cidade. Tisga afirmou que “a liga foi abandonada”. Resta saber por quem.

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One thought on “Acredite se Quiser

  1. O que os vereadores deveriam se preocupar é com o número excessivo de funcionários do Hospital de Emergência. Segundo fonte ligada àquele hospital, o número de funcionários efetivos e comissionados já ultrapassa de 500. É surreal para um hospital de emergência que deveria ter equipes especializadas de médicos e outros profissionais de saúde. Mas, 500 funcionários é para haver uma auditoria. Um hospital que tem mais funcionários que doente; aliás, isso mostra os absurdos dos governos ineficientes e ineficazes. Farra com o dinnheiro público.

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