– E não é que o PPS se encantou realmente pelo governo Rechuan? O partido que foi vice de Noel de Carvalho em 2012 cedeu aos encantos do governo e aceitou a pasta de Indústria e Tecnologia com uma boa meia dúzia de nomeações. Há quem acredite que isto é normal na política. Então tá então!
– Por falar em PPS… há quem garanta que o convite do governo ao partido é para desarticular o vereador Tisga que tem tido uma postura de fiscalizador e tem cobrado ações do Executivo e neutralizar as atividades do presidente do ComSocial, Eliel de Assis Queiroz, que faz parte da Executiva do partido. Ou fazia, porque Eliel declarou em reunião do Comitê pela Transparência e Controle Social que se afastará da Executiva e não descartou a possibilidade de se desfiliar. Se é assim, a segunda tentativa do governo não colou. A torcida agora é para que o vereador Tisga continue com sua atuação de fiscalizador.
– Ainda sobre a adesão ao governo Rechuan surge um diálogo no Calçadão em Campos Elíseos:
— Agora só falta o PT no governo.
— Que PT? O Rechuan tá c….. e a…. pro PT de Resende. Ele garante que PT com ele é só em Brasília. Porque petista de Resende não incomoda.
— Ele tá com essa bola toda?
— Tá não, mas o PT aqui também não… então… (risos)
Pois é…
– Por falar em PT de Resende… é possível que o partido tenha dois nomes para candidatos a deputado estadual na cidade: o do professor Rogério Coutinho que obteve pouco mais de quatro mil votos na eleição de 2012 e o ex-padre Luiz Rômulo Saloto. Há opiniões de petistas contrárias à decisão dos possíveis candidatos, pois há quem acredite que o partido precisa melhor se estruturar para ter papel de protagonista em 2016, outros já pensam que candidatura é vitrine. Logo os nomes estarão ou não confirmados. É esperar e conferir!
– O vereador Tisga (PPS) entrou com um novo requerimento na Câmara, no dia 13, pedindo ao Sindicato Rural de Resende que lhe enviasse a prestação de contas da Exapicor 2013, que ele já vem esperando há seis meses. Segundo o vereador, esse é seu último passo antes de usar outro poder que não o Legislativo, já que é a terceira solicitação que faz sem ganhar uma resposta satisfatória. O vereador Pedro Paulo (PP) tentou argumentar que o Sindicato é uma entidade particular e que, por isso, não teria obrigação de prestar contas. Tá certo o vereador Pedro Paulo, mas o vereador Tisga pode usar a lei de acesso a informação (Lei 12.527/11) e exigir a informação. Se mais uma vez negarem o caminho é o Ministério Público e a Justiça.
– Ainda sobre prestação de contas da Exapicor… vários vereadores entraram na discussão, em sua maioria para apoiar Tisga, e o vereador Mirim (Solidariedade) lembrou que há sim uma forma de o colega resolver o problema dentro do Legislativo, através de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para analisar o balanço da festa. Mirim foi aplaudido, mas resta saber se Tisga vai acatar a sugestão.
– Ainda sobre o vereador Tisga.. ele foi obrigado a ler a carta do presidente de seu partido Jaime Muniz, no momento “Palavra de liderança”, uma das etapas da sessão da Câmara. Na carta, Jaime explica não apenas que ganhou uma secretaria do prefeito Rechuan (PP), mas que o partido se aliou oficialmente ao governo. Semanas atrás, Tisga tinha usado o mesmo momento para criticar os burburinhos de que a união aconteceria que circulavam em uma rede social. Ao final da carta o vereador declarou não estar feliz com a decisão do partido, mas que a respeitaria e que ela não iria interferir em seu trabalho de fiscalizar o Executivo.
– Na sessão do dia 13, como já vinha acontecendo em outras, o presidente da Casa criticou a demora dos vereadores em suas falas, durante as discussões, que estaria atrasando o andamento das sessões que, por regulamento, deveriam durar três horas. Romério (PMDB) então sugeriu que eles fizessem uma reunião antes da sessão, com todos os vereadores, para que quando a sessão começasse ela fosse mais rápida. Ele deve ter esquecido que a sessão é pública e que eles não podem (ou não deveriam) discutir os projetos de lei e requerimentos fora do alcance da população. Estamos de olho, hein, vereadores!