Acredite se Quiser

– Os vereadores Irâni (PROS) e Tiago Forastieri (PSC) colocaram na pauta da última sessão da Câmara Municipal antes do Carnaval, no dia 27, um requerimento pedindo informações sobre todos os funcionários comissionados da Secretaria de Educação de Resende e sobre os relatórios de pagamentos de horas extras destes profissionais. Segundo o vereador Irâni, os dois querem saber se as pessoas estão exercendo as funções para as quais foram direcionadas e se os professores estão de fato nas salas de aula. Será que os vereadores agora estão enxergando o que muita gente, há muito tempo, tem denunciado? Antes tarde do que nunca.

– Os conselheiros do Comutran tiveram uma atitude no mínimo feia na última reunião do conselho, realizada no dia 27. Ao final de cada encontro é servido um coquetel, com refrigerantes e salgadinhos. Na reunião de fevereiro, no entanto, os conselheiros simplesmente se esqueceram de esperar a reunião acabar e voaram em cima dos comes e bebes assim que a mesa ficou arrumada. O conselheiro Clóvis Alves, que estava falando no momento do acontecido, ficou até constrangido ao constatar o motivo pelo qual tinha perdido sua plateia. Thirso Naval Colvero, que estava presidindo a reunião devido à ausência do presidente, Marcial Corrêa, chamou a atenção dos colegas e avisou que se acontecesse novamente o coquetel seria suspenso nas reuniões. Aiaiaiaiai!

– O assunto da reunião, aliás, antes dos comes e bebes, é claro, foram os quebra-molas da cidade. Segundo alguns conselheiros, existe uma lei federal que determina a redução na quantidade de quebra-molas, sugerindo que eles sejam colocados apenas próximo a escolas e hospitais. No entanto, o Comutran recebe mensalmente dezenas de requerimentos pedindo quebra-molas em todos os cantos da cidade e, devido à lei, nega muitos deles. Só que, segundo os conselheiros, a prefeitura estaria distribuindo quebra-molas pela cidade à revelia do conselho. Exatamente por isso, o conselheiro Clóvis afirmou que os conselheiros estavam sendo desrespeitados e pedia que o grupo assinasse junto um requerimento de informações com dados sobre quanto em dinheiro a prefeitura vem gastando com massa asfáltica, quantos quebra-molas vem sendo colocados nos últimos dois anos e quais deles foram aprovados pelo Comutran. Se não fosse o salgadinho, mais gente teria ouvido.

– Ainda sobre transportes, a linha que leva os estudantes universitários até Visconde de Mauá vai estar extinta a partir do próximo dia 15. O diretor da São Miguel, Amauri Natividade Netto, sugeriu que a mesma fosse extinta porque são poucos os usuários e muitos, segundo ele, “não precisam da linha e só a usam porque ela existe”. Além disso, como o trajeto é longo, o custo acaba sendo muito alto para a empresa e sem retorno. Os outros conselheiros aprovaram a decisão e concordaram com a data do dia 15. Ah é assim é? Eita Comutran! Os estudantes foram ouvidos? Existe outra linha que possa atender os poucos estudantes? Perguntas sem resposta. É a São Miguel fazendo barba, cabelo, bigode e unha.

– Alguns municípios da região aproveitaram a véspera do Carnaval para realizar sua prestação de contas do terceiro quadrimestre de 2013, atendendo à exigência da lei 141/2012, de responsabilidade de fiscal. Porto Real realizou a sua na manhã do dia 27, Resende na tarde do mesmo dia e Itatiaia na manhã de sexta-feira, dia 28. No caso de Resende, aliás, a informação foi postada no site poucas horas antes de o evento acontecer, o que explica que a maioria do público presente tenha sido da própria controladoria geral do município e primeiro escalão do governo Rechuan. E segundo o controlador, Ludemar Pereira, a cidade apresentou superávit no último quadrimestre de 2013. Resende com muito dinheiro, como nunca antes visto neste município.

– Se muita gente aproveitou o Carnaval, a aposentada Maria de Lourdes Pires Magalhães Andrade passou um final de semana para esquecer. Alguém jogou um bicho morto próximo à casa dela, na Praça do Rosário, na sexta-feira, dia 28, e ela afirmou não ter conseguido encontrar ninguém da prefeitura para fazer a retirada do animal. Como cuida de uma irmã acamada, não pôde sair de casa e precisou passar os quatro dias de Carnaval convivendo com o mau cheiro e com a casa toda fechada, para que o odor ficasse menos forte. O martírio de dona Lourdes só acabou na quarta-feira de cinzas, dia 5, quando o animal foi retirado no finalzinho da manhã.

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