Guarde o nome deste teste: hemoglobina glicada. Para os portadores de diabete, ele é velho conhecido, pois aponta se o controle glicêmico foi ou não eficaz num período anterior de 90 dias. Assim como acontece com todas as outras células do corpo, os glóbulos vermelhos do sangue, durante seus três meses de vida, usam a glicose para obter energia. Só que eles se tornam irremediavelmente marcados, ligados a partículas do açúcar pela hemoglobina, a proteína que transporta o oxigênio. Quanto maior a concentração de glicose no sangue, maior a taxa de hemoglobina marcada ou glicada, explica Freddy Goldberg Eliaschewitz, chefe do Departamento de Endocrinologia do Hospital Heliópolis, em São Paulo.
Agora, especialistas dos Estados Unidos estão propondo que o mesmo exame seja usado também para diagnosticar a doença. Cerca de 30% dos americanos não sabem que são diabéticos, e muitos deles, quando ficam sabendo, já desenvolveram alguma complicação, justifica Christopher Saudek, endocrinologista da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, e autor do estudo que será publicado na edição deste mês de julho da revista médica Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism.
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