Cartas e E-mails

Dia do Médico
Neste 18 de outubro, Dia do Médico, venho a público prestar homenagem a um patriarca da medicina resendense, Dr. Delphim Fernandes, recentemente aposentado, já octogenário, depois de quase 60 anos do exercício abnegado de sua missão de salvar vidas.
Neste momento em que a profissão de médico está na pauta de discussões da sociedade, com toda a polêmica em torno da vinda dos médicos estrangeiros, a postura profissional de Delphim é um exemplo, principalmente quando o mercantilismo parece contaminar muitos profissionais, que agem como mercenários.
No início da década de 60, quando cheguei a Resende, depois de residir em Engenheiro Passos, fui morar na Fazenda da Barra 2, que era, então, uma zona rural. A comunidade local era extremamente carente, formada por famílias de ex-lavradores que viviam, a maior parte, de “bicos”. Nem bem cheguei com o caminhão de mudança,  surgiu um amontoado de vizinhos no portão. Meu marido era engenheiro, mas eles tinham ouvido dizer que o novo morador era médico e queriam consultá-lo. Fui conversar e soube que havia por ali muitos idosos e crianças doentes e sem atendimento.
Procurei Delphim, um de nossos primeiros amigos na cidade, que se prontificou a ajudar. Improvisamos um consultório em minha casa, onde ele passou a atender gratuitamente aos domingos. Receitando, medicando com amostras grátis, encaminhando para exames ou cirurgias, ele, devolveu, com essa atitude desprendida, a paz e a alegria a muitas famílias.
E assim o Dr. Delphim continuou por toda a vida, colocando o amor ao próximo acima de qualquer outro valor e sem fazer diferença entre seus pacientes particulares  e os da saúde pública, como hoje infelizmente é tão comum.
Também foi um grande pioneiro, como primeiro a trazer a Resende medicinas alternativas, como os florais de Bach e a acupuntura.
Assim, neste Dia do Médico, felicito todos os médicos, através deste símbolo de caridade e fé no ser humano que é o Dr. Delphim Fernandes.
Dona Eury

Sra. Editora,
A audiência pública de 14 de outubro, solicitada pelo Ministério Público Federal, sobre a preservação da Lagoa da Turfeira foi um momento de glória para as mobilizações sociais e será inesquecível para todos os presentes.  O  movimento reedita o episódio bíblico de Davi e Golias. O jovem biólogo Luciano Lima, um Davi moderno, usou seus conhecimentos e sua coragem do idealista que, desde sempre, estabeleceu seus caminhos na luta pelo bem coletivo. Devemos a ele a oficialização da verdade: a Turfeira é importante área ambiental, o último banhado da região sul do Estado do Rio. Devemos a emocionante vitória à firmeza de Luciano Lima e a seus  dez anos de estudos na área,  apesar das tantas manobras  da Prefeitura com a finalidade de confundir a opinião pública , distorcendo a verdade e colocando o grupo contra a vinda da Nissan e o desenvolvimento de Resende. A audiência pública deixou claro que a tese defendida TURFEIRA SIM NISSAN TAMBÉM é integralmente aprovada pela própria empresa, que tem entre as suas principais bandeiras a sustentabilidade ambiental. Documentos apresentados sobre a importância da área da Turfeira, assinados por eminentes cientistas de universidades brasileiras e até do exterior, tornaram ridículo o documento exibido na época pela Prefeitura, através da AMAR, onde classificavam a Lagoa como poça d’água sem qualquer interesse ambiental.
A tarde de 14 de outubro entra para a história de Resende como uma lição de vida. Para os cidadãos comprometidos com o bem de sua cidade fica a certeza de que devemos nos livrar das frases derrotistas “Isso não adianta” ou “Isso não vai dar em nada” e fica também o alívio/alegria de que podemos confiar na justiça através de um Ministério Público sério e competente. Para alguns dos muitos secretários municipais presentes à audiência, pelo menos momentaneamente, deve ter surgido o pensamento de que ninguém, estando num cargo público, pode ou deve se comportar como se estivesse acima do bem e do mal.
Para finalizar, os sinceros e comovidos cumprimentos ao grande resendense LUCIANO LIMA, nascido paulistano, por sua determinação e amor ao próximo.
Maria de Lourdes Gomes Wanderley Julianelli

Ao Jornal BEIRA-RIO
Algo muito sério está acontecendo no “reino da Prefeitura”. O Prefeito, segundo soube, afirmou em audiência pública, semana passada, na Câmara Municipal, que desconhece o Processo do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro que desclassifica as Escolas Municipais de Resende. O referido processo, de nº 204 508 – 3 – 2012, encontra-se na página do TCE/RJ. Ou o Tribunal inventou o Processo, ou: 1 – O Prefeito mentiu na audiência pública ao dizer que desconhece o teor do mesmo; 2 – O Secretário de Educação e a Presidente do EDUCAR não conversaram com o Prefeito sobre assunto tão grave para a sua pasta; 3 – O Prefeito não está nem aí para os Pareceres do TCE/RJ por se achar imune e com “costas largas”; como diz no Processo, esse documento foi para vários órgãos (Cons. Mun. de Educação, MEC, Cons. Est. de Educação, Ministério Público), acho improvável que o Prefeito não tenha tomado conhecimento do mesmo.
Para mim, faltar com a verdade é uma atitude gravíssima para um chefe de poder. Como acreditar no que foi dito sobre as contas municipais, se faltou a verdade quanto à assunto que já é do domínio público? Realmente, estamos passando por uma séria crise de valores em nosso Município.
Uma Professora Desiludida

Amigos de Resende,
Falem-me…o que está acontecendo com o CCZ de Resende?
Qual é o real propósito deles?
“Coçar o saco”? Largar os animais de qualquer jeito nas baias, jaulas, sei lá como chamam neste local?
Fui visitar esses dias, e, além de ser muito mal recebido (aliás, o mal humor impera lá dentro), vi cenas horríveis, típicas de filmes de massacre (sem exageros).
Saí de lá, passando mal e com vontade de bater em alguém daquele lugar!
Esses dias, para tentar “serenar meu coração” da raiva, e dissolver a má impressão do local, liguei para solicitar socorro para um cão com a pata quebrada, em sofrimento na rua.
Vale ressaltar que, moro em apartamento pequeno, e já possuo 2 cães que recolhi da rua e se bobear, estou quase sendo despejado por isso.
Pois bem…liguei para  o Zoonoses, disse o local onde estava o animal, disponibilizei meu celular, e inclusive informei que ajudaria se fosse necessário.  Pois bem…. estou esperando até agora…isso foi na quarta-feira.  Perguntei se poderia leva-lo lá, me disseram que, como era animal de rua, eles que teriam que buscar.
Liguei umas 5 vezes…ainda calmo. Na 6ª vez, não atendia mais… Hora de almoço? PODE PARAR!
Como estou sem carro, peguei o animal, coloquei-o enrolado em um cobertor e o levei  A PÉ PARA UMA CLINICA QUE NÃO QUIS ATENDE-LO!
Fui no tal SOS 4 PATAS, ESTAVA FECHADO.
Resumo da história, o animal morreu nos meus braços.
Amigos, por favor, quem souber me informar o que está acontecendo com esse local, me avise, antes que eu faça uma besteira!
Todos de mal humor, péssimo atendimento, um veterinário que parecia ter nojo de animal, um local fétido, enfim, um inferno da mais pura e verdadeira descrição da palavra.
Até hoje, estou mal. Não consigo trabalhar direito. Meu pensamento só me leva ao pobre animal sofrendo, pelo descaso desses porcarias, para não falar palavras feias nesse jornal.
Senhor prefeito, isso é um ABSURDO!  Isso não é brincadeira! É caso de polícia! É omissão de socorro a um animal indefeso! Está na lei! Fui muito ingênuo em não denunciar isso… Mas denunciar para que? Se tudo aqui nessa cidade de “ninguém”,  funciona mal ou não funciona!
Só mais um desabafo… Pobres animais de Resende… Que São Francisco os proteja, porque se depender de CCZ, ONGS, PREFEITURA  e etc., irão padecer nas ruas para sempre!
ACORDA RESENDE! PRINCESINHA DO VALE? Tem certeza? Tá mais para “CAPITÃO DO MATO”!
Lucas Sobrinho

Prezada Editora,
Estima-se que na Prefeitura de Resende abriga-se um número estimado de 2000 cargos comissionados, entre secretários e funcionários de baixo escalão. Não só em Resende, mas em quase a totalidade das Prefeituras os CC’s são usados como moeda de troca com os vereadores. Aqueles que estão como governo teem possibilidade de indicar um maior número de pessoas para funções na prefeitura, de varredor de rua a chefe de gabinete ou “funções de confiança”.
Se algumas funções ou atividades são essenciais ao funcionamento dos orgãos da prefeitura e não se pode abrir mão dela, porque não se faz um concurso público para preencher estas funções? Imagine uma Câmara de Vereadores independente, sim porque quem é independente não tem cargo nos quadros municipais, assim até quem foi eleito como oposição alia-se ao executivo para poder gozar das beneces de indicações. Ainda tem a ciumeira, pois ficam contando quantos cargos tem um ou outro vereador.
O que se precisa é coragem da Câmara de Vereadores em votar um limite nestas aberrações do serviço público, cargos comissionados só para funções essencialmente técnicas ou com comprovada expertise, a moça do cafezinho tem que ser funcionária de carreira, pois em toda administração tem que haver alguém para servir café.
O que vemos acontecer é um verdadeiro loteamento das repartições públicas onde os presidentes dos partidos tomam elas como propriedade particular, nas quais só trabalham lá afilhados e correligionários que comunguem de seu pensamento e lógico paguem o “dízimo” ao partido. A verdadeira função das secretarias e órgãos públicos é SERVIR À POPULAÇÃO e não servir a este ou aquele político.
O que acontece hoje na secretaria de educação de Resende é um exemplo disso, onde uma vereadora e um presidente de partido ditam as ordens sem levar em conta as necessidades da população e sim seus interesses pessoais.
O gigante precisa cordar de novo e cobrar lisura no trato público e nos resultados para a população.
Atenciosamente
Sepulvida Boechatti

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