Fim de um restaurante histórico

O histórico Gramadoelas, em Johannesburgo, o primeiro grande restaurante que desafiou o regime do apartheid permitindo a entrada de clientes negros na África do Sul, serviu pela última vez seu célebre bufê pan-sul-africano e fechou as portas. Sua aposta contra a segregação racial chegou quase por acaso, depois que o governo sul-africano da época do regime segregacionista não respondeu ao telefonema do restaurante que pedia autorização para a reserva de um grupo de políticos norte-americanos que incluía negros. Os proprietários se aventuraram a atender os clientes, e, com a falta de resposta oficial do regime racista àquela “transgressão”, eles sentiram confiança para permitir a entrada de pessoas de qualquer raça.

“Se, de maneira excepcional, quiséssemos servir a pessoas negras ou mulatas, deveríamos entrar em contato com Pretória para pedir permissão”, recorda Eduan Naudé, dono e fundador do estabelecimento, que fechou no último mês de julho após mais de quatro décadas com as fornalhas acesas. “A polícia não interveio e, a partir daquele dia, abrimos as portas a todos”, conta o empresário.

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