Dossiê Cruz e os riscos das reformas e obras de escolas e creches de Resende

O Ministério Público Estadual de Tutela Coletiva deverá anunciar na próxima semana se abrirá o inquérito sigiloso ou não para apurar as denúncias feitas pela arquiteta Sheila Cruz, mas até lá, o Ministério Público Federal dá encaminhamento à apuração de um inquérito civil público instaurado em dezembro de 2012 que pretende apurar o emprego de verba do Fundo Nacional do Desenvolvimento em Resende correspondente ao Programa Especial de Recuperação da Rede Física Escolar Pública e deverá ouvir a arquiteta Sheila Cruz sobre as denúncias feitas em sua página no Facebook, já que as denúncias se referem às reformas de unidades da rede municipal.

Um dos “considerando” da Portaria nº 172 de 14/12/2012 diz: “CONSIDERANDO que faz-se imperioso a obtenção de maiores informações e documentos acerca da execução do referido programa, em especial quanto ao Município de Resende/RJ (…). Resolve instaurar INQUÉRITO CIVIL PÚBLICO com a finalidade de apurar a regularidade e eficiência na execução de recursos federais (…), assina a procuradora Izabella Brant. Leia mais detalhes clicando aqui.

A arquiteta Sheila Cruz que entregou ao Ministério Público Estadual um dossiê contendo planilhas de obras, documentos e correspondências entre secretários e empreiteiros afirma que algumas unidades escolares no município de Resende têm “rachaduras diagonais” indicativo grave de que a obra pode vir abaixo. Sheila denuncia, ainda, lajes que foram feitas sem as ferragens necessárias e concretagem em dois dias, que segundo os critérios de construção civil compromete a segurança da edificação. A arquiteta revela que foi perseguida porque se recusava a assinar as planilhas de obras sem verificar o que realmente tinha sido feito, mas mesmo assim as medições eram pagas. Em entrevista ao BEIRA-RIO, Sheila Cruz não poupa críticas ao secretário de Obras, Rubens Almada que teria sido o responsável por sua exoneração: “Ele mentiu. Me injuriou junto ao Rechuan e o Rechuan nem mesmo me ouviu”, conta Sheila que disse que agora só conta com o Ministério Público e a Justiça. “O que eu posso fazer contra eles?” indaga.

Confira entrevista na íntegra nas páginas do jornal BEIRA-RIO.

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