Morte e protesto no Surubi

Engrossando os protestos que vêm acontecendo nas últimas semanas em todo o Brasil, por diversos motivos reivindicatórios, moradores do bairro Surubi Velho, em Resende, fecharam no último dia 2, os acessos para veículos no caminho entre a Avenida Ayrton Senna e o Pontilhão do bairro (que inclui parte da Rua Rodolpho Anechino). O estopim para os protestos por parte da comunidade foi a morte do estudante Kaio Henrique Feliciano, de apenas 7 anos, no dia 28 de junho, depois de ser atropelado por um caminhão.

— Mesmo antes do acidente com o menino, a população já estava planejando esse protesto contra a decisão do prefeito. É inadmissível que ele tenha feito uma coisa dessas, veio aqui pedir voto pra população durante as eleições, e depois pouco se lixou para as melhorias que estamos pedindo para o nosso bairro. Agora faz um decreto pra que o trânsito seja todo desviado para cá e piora ainda mais as coisas! – reclama um dos representantes da Associação de Moradores do Surubi Velho, Edelberto Lecoteno da Silva, o Beto, criticando as mudanças nas regras do trânsito para veículos de transporte dos funcionários das fábricas da região dentro da cidade.

Os moradores relatam que com as novas regras no trânsito de Resende, o tráfego na Avenida Ayrton Senna – que sofre com a falta de acostamento e calçadas e já tinha um grande fluxo de veículos depois das 17 horas – ficou ainda pior. A Rua Rodolpho Anechino, via de acesso à avenida onde morava a criança, está incluída entre as ruas do bairro onde o acesso desses veículos ainda é permitido.

Em reunião realizada no gabinete do prefeito José Rechuan, na tarde desta quinta-feira, dia 4, os moradores do bairro Surubi citaram o decreto que passou a vigorar na última segunda-feira, dia 1º, e que regulamenta a circulação de ônibus de fretamento de passageiros, no qual a entrada e saída destes veículos passa a ser feita somente pelos acessos Oeste (Região da Grande Alegria) e Leste (Bairro Surubi).

Segundo os moradores, o desvio do trânsito pesado de ônibus para o bairro fez aumentar o movimento e os riscos de acidentes. Uma das solicitações feitas ao prefeito foi a possibilidade de revogação do decreto. Rechuan, no entanto, explicou que as modificações estão em fase de teste e que neste período, adaptações serão feitas para garantir a segurança dos moradores. Ele se comprometeu a revogar o decreto caso as modificações não obtenham o resultado esperado.

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03/07/2013 – 04h20

Regras para queijo de leite cru estão prestes a mudar

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MARÍLIA MIRAGAIA
DE SÃO PAULO

O Ministério da Agricultura está perto de publicar uma nova regulamentação que vai substituir norma de 2011 e facilitar a venda de queijos feitos com leite cru entre Estados no Brasil, segundo a Folha apurou.

Hoje, esse comércio é possível, mas, de acordo com produtores, as normas vigentes -como a análise mensal de amostras de leite- inviabilizam a venda interestadual.

Douglas Lambert/Folhapress
Variedade de queijos de leite cru em fazenda de Cambuí, em Minas
Variedade de queijos de leite cru em fazenda de Cambuí, em Minas

“Sabe o que eu sinto? Que estamos traficando cocaína”, diz João Leite, presidente da Associação de Produtores de Queijo da Serra da Canastra, em Minas Gerais.

Segundo ele, o setor espera que essas novas regras “reforcem a cultura e a produção artesanal”.

De acordo com Ana Helena Machado Cunha, da Secretaria de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais, havia expectativa de que a nova norma fosse publicada em fevereiro deste ano.

Ela afirma que a nova portaria buscou inspiração em uma iniciativa do governo de Minas Gerais, que tem como propósito facilitar essa comercialização.

Procurado, o Ministério da Agricultura não informou as mudanças.

MINAS GERAIS

Desde o fim de abril, produtores de queijo de leite cru provenientes de áreas reconhecidas em Minas Gerais podem solicitar autorização ao Estado que equivale à permissão dada pelo governo federal para venda em todo o país.

Para circular entre Estados, um produto precisa obter o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF).

O acordo faz parte de uma iniciativa do governo de Minas Gerais que, na prática, significa uma equivalência entre as fiscalizações federal e estadual.

Entre as principais mudanças que vieram com a nova norma, estão regras mais compatíveis com a produção de pequeno porte, afirma Ana Helena.

Além disso, fica estabelecido o período de 22 e 17 dias de maturação para as regiões da serra da Canastra e do Serro, respectivamente. O processo de maturação é fundamental, pois é responsável pela eliminação de bactérias que podem ser nocivas à saúde.

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