Acredite se Quiser

– Vida de funcionário público de carreira não é mesmo fácil. Recentemente, um deles pediu demissão da Prefeitura de Resende, alegando que havia sido transferido diversas vezes de função. Inicialmente aprovado para trabalhar com atividades culturais e desportivas na Secretaria de Assistência Social, não conseguiu sequer trabalhar na função da qual foi designado pelo concurso que prestou, e acabou passando pela recepção e até almoxarifado, onde chegou inclusive a planejar como seria a organização do local. Também teve a ideia recusada, ideia aliás, colocada em prática apenas quando pediu para sair.

– Essa mesma pessoa também relata outras atitudes absurdas de alguns funcionários, que queriam, por exemplo, tirar o único computador utilizado por uma das sedes do Cras, que contém o sistema responsável pelo pagamento de benefícios como vale-transporte às pessoas atendidas pela Secretaria. Outro absurdo ocorreu no cadastro de pessoas que estavam inscritas no Pronatec, um programa do Governo Federal oferecido junto ao Governo do Estado do Rio e à Prefeitura de Resende. Um dos beneficiados deixou de se matricular em um dos cursos realizados em abril depois que uma funcionária, ao fazer o cadastro errou o número do telefone desse beneficiado. A vaga foi para outra pessoa.

– Esse mesmo beneficiado, que chegou a concluir outro curso pelo mesmo Pronatec, esteve no jornal BEIRA-RIO reclamando do atendimento que vem recebendo da Assistência Social desde o ano passado. Como houve um atraso na emissão dos certificados devido a problemas internos do programa, todos receberam na formatura uma declaração provisória. No entanto, ele e alguns alunos ficaram sem ambos os documentos que comprovam a conclusão de curso. O mesmo se queixa de não ter encontrado ninguém no local durante cinco meses para buscar ao menos a declaração, uma vez que também não foi informado da formatura. E ainda depois de ter finalmente conseguido pegar a declaração, relatou que antes disso se sentiu humilhada por uma atendente.

– Essa história de servidor pedindo demissão está mais comum do que se podia imaginar na Prefeitura de Resende. A insatisfação é grande e, como muitos alegam, não podem contar com o Sindicato dos Servidores. Uma servidora pediu demissão dia 8 de abril e só recebeu seus direitos dia 27 de maio. Pela CLT são 10 dias, mas o governo abusa e não divulga para os funcionários qual a data de pagamento, segundo o estatuto do servuidor, que aliás é omisso sobre o assunto. Na prática, agem assim: quem pede demissão antes do dia 10 (fechamento da folha) é incluído no pagamento do mês seguinte, ou seja, no caso da servidora deveria receber dia 7 de maio (quinta dia útil do mês), mas só recebeu 20 dias depois. Adivinha se o Sindicato fez alguma coisa? Para a ex-servidora, o pior é o descaso, a falta de informação e consideração. Pois é…

– Na entrega do título de cidadão itatiaiense, na noite do dia 28, o prefeito Luiz Carlos Ypê (PP) depois de ser esperado por quase três horas não compareceu. Primeiro, a justificativa dada aos presentes é que o prefeito vindo do Rio de Janeiro estava preso no trânsito. Por fim, informou que não daria tempo de chegar para a cerimônia. O que vai fazer o prefeito no Rio de Janeiro, no dia da entrega do título de cidadão da cidade que ele administra? Qual foi a prioridade do dia? Coisa feia! Os maldosos de plantão se adiantam e dizem que Ypê também não aparecerá na festa da cidade. Estaria evitando o público depois da cassação de seu mandato na semana anterior. Será?

– E os processos do prefeito de Resende, José Rechuan hein? A expectativa é que os dois que incluem bloqueios de bens sejam julgados ainda neste semestre e parece que vão. Pelo menos, o da publicidade tem despacho novo do juiz Marvin  Ramos Rodrigues Moreira, com data do dia 29, que pede ao Ministério Público parecer para então julgar o mérito. Neste processo há um abuso claro do governo Rechuan que ignora a lei de licitações e contrata veículos de comunicação diretamente, quando deveria ter feito por meio de uma agência de publicidade. Ação popular que pode resultar numa condenação por improbidade administrativa. Xiii!

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