Pouco mais de três anos após a tragédia de Mariana, considerada o maior desastre ambiental do Brasil, outra barragem se rompeu no começo da tarde desta sexta-feira, dia 25, em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a empresa, o rompimento ocorreu na Mina Feijão.
Segundo as últimas informações, dois homens deram entrada por volta das 15h, no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. O estado de saúde das vítimas não foi divulgado.
Os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco, de acordo com as primeiras informações da imprensa. A Defesa Civil local está retirando os moradores que moram na parte mais baixa da cidade das casas. A Polícia Rodoviária Estadual informou que a MG-040, que liga Brumadinho a Mário Campos, está totalmente interditada por causa do rompimento da barragem.
Em nota, a Vale informou que a “prioridade, neste momento, é preservar e proteger a vida de empregados e de integrantes da comunidade” e que “a companhia vai continuar fornecendo informações assim que confirmadas”.
Já o governo de Minas Gerais, que também divulgou nota, disse que uma força-tarefa do estado “já está no local do rompimento da barragem em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para acompanhar e tomar as primeiras medidas”. A nota ainda acrescenta que “já designou a formação de um gabinete estratégico de crise para acompanhar de perto as ações”.
A Prefeitura, nas redes sociais, publicou um alerta para que a população não fique perto do leito Rio Paraopeba, que pode aumentar de nível com o rompimento da barragem.
Em 5 de novembro passado, a barragem de Fundão, da mineradora Samarco, se rompeu, deixando 19 mortos e causando uma enxurrada de lama que inundou várias casas no distrito de Bento Rodrigues.
Na ocasião, um morador de Resende, o voluntário Douglas Sant’Anna, foi para Mariana e foi peça importante para o trabalho de logística no atendimento aos desabrigados das localidades do município.
VOLUNTÁRIO RESENDENSE VIAJA PARA BRUMADINHO
O jornal BEIRA-RIO fez uma matéria sobre o assunto há quase três anos, e por volta das 15h50, a equipe entrou em contato com o voluntário, que informou que foi contactado por autoridades e equipes de emergência que tiveram a oportunidade de conhecer o trabalho de Douglas, que neste momento segue em viagem rumo a Brumadinho.
– Dependendo das condições da estrada, devo chegar daqui a umas duas horas dependendo. Em condições normais, o trajeto de Mariana (onde atualmente presta serviços) e Brumadinho leva esse tempo – conta.
Ele contou ao jornal, durante o trajeto, que teve duas informações: a de que o rompimento teria ocorrido próximo ao refeitório onde os funcionários almoçavam na hora, e que a lama estaria se aproximando da área urbana de Brumadinho.
Fotos: Reprodução/Redes Sociais
