Foi divulgado ontem pelo jornal O Globo que, para manter as operações do Galeão com a Changi, concessionária de Cingapura que controla o terminal, o governo federal estuda relicitar o aeroporto internacional do Rio em bloco, junto com o terminal de Resende. Assim, segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Marcio França, a operadora poderá participar do certame e baixar o valor de outorga da concessão atual.
No início do mês passado, a concessionária comunicou que havia desistido de devolver o Galeão à União e que queria negociar sua permanência no país. Apesar de a legislação vedar que a concessionária que desistiu possa participar de um novo leilão do mesmo terminal, o entendimento é que a União poderia aceitar sua participação em uma eventual relicitação se houver mais terminais em jogo, mas parece que o problema da empresa é a dificuldade de pagar a outorga com os resultados sofríveis na venda de viagens para passageiros.
O terminal de Resende foi delegado à prefeitura da cidade em 2012, por 35 anos. Agora, é avaliar o projeto se será interessante para o município e se o governo municipal decidirá abrir mão da cessão do aeroporto. Para alguns especialistas, depois do episódio do ministro anunciando passagens aéreas populares sem compartilhar a ideia com o presidente Lula e demais ministérios, é importante acompanhar se a divulgação é apenas uma conjectura ou de fato algo com chances de se concretizar.
