No dia de hoje – 8 de fevereiro

Nesta data completa quatro anos da tragédia no centro de treinamento do Flamengo, no Rio de Janeiro, onde morreram dez jovens e três ficaram feridos.

Um incêndio começou por volta das 5h da manhã da sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019, no centro de treinamento do Flamengo, no bairro carioca de Vargem Grande. Segundo o Corpo de Bombeiros, o chamado foi por volta das 5h30min, quando as primeiras viaturas foram direcionadas ao local conhecido como Ninho do Urubu.

Durante as perícias iniciais, os investigadores levantaram a possibilidade de um curto circuito no ar-condicionado de um dos quartos do Centro de Treinamento ter provocado o incêndio. Segundo a Prefeitura do Rio de Janeiro, a área onde ficava o alojamento seria transformada em um estacionamento. A Prefeitura apontou que a documentação do Centro de Treinamento informava a existência de um estacionamento no local onde os dormitórios foram construídos, portanto, não havia um alvará para esses quartos nessa região. O clube havia sido alertado meses antes de falhas graves na instalação elétrica.

O time alegou que com a construção do novo e moderno módulo profissional, os garotos do Ninho estavam de férias e se mudariam uma semana depois para a estrutura que abrigou o time profissional nas temporadas anteriores. Os meninos que ali estavam, haviam retornado antes dos demais para participarem de um jogo comemorativo no Maracanã.

O Ministério Público indiciou 11 pessoas, incluindo o então presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, por “incêndio culposo”. O incêndio do Ninho do Urubu completa quatro anos com uma ação em curso e sem punições aos responsáveis.

Em junho do ano passado, a 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou recurso de Habeas Corpus impetrado por Macio Garotti, um dos denunciados pelo incêndio no Ninho do Urubu, e manteve ação contra os acusados pela tragédia que vitimou os dez meninos das divisões de base do Flamengo. Garotti foi diretor de Meios do Flamengo em parte da gestão de Eduardo Bandeira de Mello. “O colegiado negou pedido do diretor de meios, ao considerar que ele era importante influenciador na cadeia de tomada de decisão no clube, e teria sido negligente quanto aos cuidados”, diz trecho do comunicado do MPRJ.

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