Nascia dia 7 de fevereiro de 1901, no município de Valença no estado do Rio de Janeiro, a cantora Clementina de Jesus da Silva.
Nascida numa comunidade de periferia, tradicional reduto de jongueiros no sul do Rio de Janeiro, Clementina era filha da parteira Amélia de Jesus dos Santos e do capoeira e violeiro Paulo Batista dos Santos. Estudou em regime semi-interno no Orfanato Santo Antônio, onde ficou devota de alguns santos, nunca deixou de lado as rezas que aprendeu com a mãe. Cantava músicas religiosas e participava da Folia de Reis. Ainda jovem, começou a desfilar em blocos carnavalescos: participava das atividades da Mangueira e viu surgir a Portela.
Em 1940, quando já era mãe solteira de Laís, casou-se com Albino Corrêa Bastos da Silva, conhecido como Albino Pé Grande, e com ele mudou para o morro da Mangueira no Rio de Janeiro. Teve uma filha, Olga. Clementina fica viúva em 1977.
Trabalhou como doméstica e lavadeira por mais de 20 anos, até ser “descoberta” na Taberna da Glória pelo compositor Hermínio Bello de Carvalho em 1963, que a levou para participar do projeto O Menestrel, apresentando-se com o violinista Turíbio dos Santos no Teatro Jovem, que foi um grande sucesso.
Em 1983 foi homenageada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, com a participação de Paulinho da Viola, João Nogueira, Elizeth Cardoso e outros nomes do samba. No mesmo ano foi homenageada pela escola de samba Beija-Flor de Nilópolis no enredo “A Grande Constelação das Estrelas Negras”.
Seus últimos anos de vida foram difíceis. O mundo musical a deixou de lado e ela foi praticamente esquecida. Sua saúde piorava, teve vários problemas de saúde, caiu na pobreza e passou a cantar em churrascarias, mas já começava a esquecer as músicas durante as apresentações. Faleceu em função de um derrame em 19 de julho de 1987. Seu enterro no Cemitério São João Batista teve poucos acompanhantes.
Fonte: Wikipédia
