No Dia de Hoje – 4 de janeiro

Milícia Nacional Bolivariana da Venezuela é um dos retratos da situação política e econômica na Venezuela (Foto: Reprodução/Cancillería del Ecuador)

No dia 4 de janeiro de 2019, o chamado Grupo de Lima, um agrupamento de chanceleres de países das Américas formado em 8 de agosto de 2017, na capital do Peru, com o objetivo declarado de “abordar a crítica situação da Venezuela e explorar formas de contribuir para a restauração da democracia naquele país através de uma saída pacífica e negociada”, anunciou que não reconhecem o segundo mandato do presidente venezuelano Nicolás Maduro.

O anúncio aconteceu após reunião de 4 de janeiro de 2019, quando o Grupo decidiu, por maioria dos votos, emitir uma declaração de não reconhecimento. O México foi o único país a se posicionar contra tal declaração. Brasil, Colômbia e Peru se aliaram na defesa de medidas mais duras contra o governo venezuelano.

O Ministro de Relações Exteriores do Peru, Néstor Francisco Popolizio Bardales, organizador do Grupo de Lima, afirmou que a decisão fora tomada em razão de suspeitas de fraudes nas eleições presidenciais de 2018 – que Maduro venceu com 67,8% dos votos válidos, apesar de a Venezuela se encontrar em meio a uma grave crise econômica, política e social.

O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, qualificou como “humilhante e submissa” a atuação dos membros do Grupo de Lima, afirmando que a relação do grupo com os interesses dos Estados Unidos constituíam uma forma de cartel.O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, participou da reunião do Grupo por teleconferência.

Na declaração de 4 de janeiro, os chanceleres, representando os governos de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia, acordaram algumas medidas, entre elas a reavaliação do status ou o nível de suas relações diplomáticas com a Venezuela, com base na restauração da democracia e da ordem constitucional naquele país, e a necessidade de proteger seus nacionais e seus interesses.

O GRUPO
Na ocasião da fundação, representantes de 12 países americanos (Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru) firmaram o documento conhecido como Declaração de Lima, no qual o grupo definiu sua posição acerca da “situação crítica na Venezuela”, condenando a existência de “presos políticos”, a “falta de eleições livres” e a “ruptura da ordem democrática na Venezuela”. Além disso, o grupo manifesta sua “preocupação com a crise humanitária” venezuelana.

A partir de 23 de janeiro Guiana e Santa Lúcia se juntaram ao grupo. A Bolívia aderiu no dia 22 de dezembro de 2019. Os Estados Unidos, embora não integrem oficialmente o grupo, participam das reuniões. A Argentina se retirou em 2021. No mesmo ano, o Peru, país-sede do grupo, se retirou.

Hoje o Grupo de Lima é apoiado por Barbados, Estados Unidos, Granada, Jamaica e Uruguai, que participaram da reunião inicial, e também pela OEA e a União Europeia. A oposição venezuelana também manifestou seu apoio.

O Grupo apoiou as sanções impostas pelo Panamá a autoridades venezuelanas de alto nível, acusadas pelo governo panamenho de lavagem de dinheiro, apoio ao terrorismo e financiamento de armas de destruição em massa. Além disso, o Grupo também defendeu o Panamá quando houve a retaliação por parte do governo bolivariano.

Fonte: Wikipedia

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