Comissão de Orçamento da Alerj aprova contas do Governo Estadual de 2021 com ressalvas

Foram aprovadas por maioria pela Comissão de Orçamento da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) nesta quarta-feira, dia 23, a prestação de contas do Governo do Estado relativas ao exercício de 2021, e por unanimidade o relatório fiscal e de atividades do Tribunal de Contas do Estado (TCE) referente ao mesmo período. Os deputados concluíram pela elaboração de Projeto de Decreto Legislativo para aprovar as contas, que deverá ser votado a partir do dia 15 de dezembro.

Durante a reunião, a subsecretária do Tesouro da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), Stephanie Guimarães, destacou que, desde 2015, foi a primeira vez que o TCE proferiu decisão favorável por unanimidade em relação às contas do governo. Segundo ela, isso representa um resultado muito positivo e evidencia a redução das irregularidades.

– Não tínhamos um parecer prévio favorável desde 2015. O número de irregularidades vem reduzindo desde 2019 e foi zerado no ano passado. Isso reflete uma melhoria na gestão. Temos atacado os apontamentos que têm sido feitos pelo Tribunal nos últimos anos, e aprimorado a defesa do próprio Estado com relação aos questionamentos do TCE – explicou a representante da pasta.

Em relação à prestação de contas do Poder Executivo, o deputado Luiz Paulo (PSD) apresentou voto favorável com quatro ressalvas. O parlamentar chamou atenção para a não apresentação de justificativa do cancelamento dos restos a pagar processados no montante de R$ 87,29 milhões.

– Houve uma melhoria na prestação de contas e eu considerei isso no meu voto. A descentralização do orçamento para a Ceperj e a UERJ começou em 2021 e ganhou um corpo imenso este ano, e isso não foi mencionado. Não há como tirar a responsabilidade do Poder Executivo, que emitiu um decreto para alterar as funções do Ceperj em relação ao decreto original. Isso gerou 24 mil contratações irregulares – frisou.

O presidente do colegiado, deputado Márcio Canella (União), lamentou a ausência do secretário de Estado de Fazenda na audiência, e os demais parlamentares também se ressentiram da falta de pronunciamento dos representantes do TCE, que estavam presentes na reunião de forma remota. “É um desprestígio com esta Casa e com os deputados”, disse Canella.

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