Resende: Nova Detroit? Novo ABC?

A Região das Agulhas Negras e Resende, mais especificamente, vêm sendo chamadas pela imprensa e por vários setores da sociedade como a nova Detroit e mesmo o novo ABC fluminense por causa da instalação de novas fábricas automotivas na região, como a Nissan. As cidades vêm sem tornando cada vez mais dependentes deste setor, que já se mostrou volátil, sendo motivo, inclusive, da derrocada econômica de vários locais no planeta, como a própria metrópole americana. Para se ter uma idéia, só em Resende, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), dos quase 30 mil postos de trabalho existentes quase 20% estão na chamada indústria de transformação. Em Porto Real esta dependência é ainda maior: 75%. Apesar dos números positivos na contratação de pessoas neste ano, a expectativa dos empresários não é das melhores para o setor. Uma pesquisa da Firjan revelou que o índice de confiança está abaixo do registrado ano passado.

O ano de 2012 foi de muita instabilidade para o setor industrial automotivo. A Man Latin America realizou uma série de demissões, totalizando aproximadamente 400 postos, pelas baixas na venda de caminhões. Neste ano, segundo a Assessoria de Comunicação da montadora, foram contratadas 300 pessoas e duas novas empresas foram inauguradas e passaram a integrar o complexo, na produção de novas peças. A expectativa é contratar 700 funcionários até o ano que vem.

Mas as perspectivas positivas da Man não podem ser consideradas tão confiáveis. Segundo o diretor de Comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Bartolomeu Citelli (foto), das 300 pessoas contratadas pela empresa no final do ano passado, com contratos temporários de três meses, quase perderam seus empregos.

Fotos: Divulgação

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10 thoughts on “Resende: Nova Detroit? Novo ABC?

  1. Socialismo (divisão forçada, ditatorial, obrigatória de recursos) x Capitalismo (democracia, liberalismo, razão, liberdade, lei de oferta e procura, desenvolvimento, liberdade). Todas os povos que adotaram o socialismo faliram. Só existe socialismo enquanto o outro tiver dinheiro. Concordo que o poder público é inoperante, por isso defendo um governo minoritário e mais estruturas privadas. Ninguém é “obrigado” a aceitar contrato de trabalho. “O capitalismo, internaliza nas pessoas essa dependência pelo dinheiro”. Todos, até no socialismo há dependência por dinheiro, no entanto no socialismo a inércia é incentivada, pois pune que quem trabalha, produz ou compra, através de altas cargas tributárias, para sustentar e gratificar quem não QUER trabalhar, pois trabalho tem sim, e todos no capitalismo podem crescer, os maiores empresários começaram em sub empregos, pobres, mas não foram preguiçosos. Produzir no Brasil é caro

    1. Capitalismo: democracia sem igualdade social e econômica não é democracia; liberalismo gerando monopólios que eliminam a concorrência; algo que não está presente na sociedade capitalistas é a razão; liberdade só existe, ilusoriamente, no mundo privado; lei de oferta e procura que atende as necessidades da dinâmica do sistema e não as necessidades humanas; desenvolvimento dos conglomerados econômicos.

      O socialismo real não prosperou por que, alguns burocratas, pressionados pelo sistema do capital, controlaram a produção dos trabalhadores.

      O sistema do capital produziu a sociedade mais desigual da história. Transformou tudo em mercadoria, inclusive o homem.

  2. A questão é o tipo de industria que está sendo instalada em Resende, trabalho monótono e repetitivo não desenvolve o celebro apenas os músculos, precisamos de Empresas que produzam tecnologia de ponta utilizando a mão de obra brasileira. As Empresas automobilísticas desenvolvem o carro lá fora, não há transferência de tecnologia para o Brasil, cabê a nós fazermos o trabalho braçal. Já se passaram mais 500 anos do descobrimento do Brasil mais ainda continuamos a sermos tratados como colonia do mundo. Nossos políticos tem que atrair industrias que tragam um real benefício a nossa cidade, e que de isenção de impostos aos empresários brasileiros e não a esses exploradores que na primeira crise financeira viram as costas e vão embora.

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