
No dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, de conscientização a fim de fornecer empenho e ação mundiais para evitar suicídios, com diversas atividades em todo o mundo desde 2003. A Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP) colabora com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Federação Mundial para Saúde Mental (WFMH) para sediar o WSPD. Em 2011, um número estimado de 40 países realizaram eventos de sensibilização para marcar a ocasião.
No Brasil, foi criada a campanha Setembro Amarelo tendo como inspiração essa data, iniciada em 2015. Ao contrário de outras campanhas como o Dezembro Vermelho e o Outubro Rosa, o Setembro Amarelo não é reconhecido oficialmente em âmbito nacional por meio de lei federal. Contudo, esse reconhecimento já ocorreu localmente em estados, como em Santa Catarina em 2018, e em vários municípios, que instituíram oficialmente a campanha.
Durante o mês da campanha, costuma-se iluminar locais públicos com a cor amarela. Por exemplo, em 2015 foram iluminados o Cristo Redentor (RJ), o Congresso Nacional (DF), o Estádio Beira Rio (RS), entre outros. A ideia é promover eventos que abram espaço para debates sobre suicídio e divulgar o tema alertando a população sobre a importância de sua discussão.
O Setembro Amarelo é uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria. Segundo a Associação Catarinense de Psiquiatria, a cor da campanha foi adotada por causa da história que a inspirou: “Em 1994, um jovem americano de apenas 17 anos, chamado Mike Emme, tirou a própria vida em seu Mustang 1968 amarelo. Seus amigos e familiares distribuíram no funeral cartões com fitas amarelas e mensagens de apoio para pessoas que estivessem enfrentando o mesmo desespero de Mike, e a mensagem foi se espalhando mundo afora”.[11]
O carro era um Mustang 68, restaurado e pintado de amarelo pelo próprio Mike. Os pais de Mike, Dale Emme e Darlene Emme, iniciaram a campanha do programa de prevenção do suicídio “fita amarela”, ou “yellow ribbon”, em inglês.
Nas últimas décadas, observa-se o crescimento ininterrupto dos casos de suicídio no Brasil. Os números são especialmente preocupantes entre jovens. Em um período de 28 anos, houve um aumento de 30% nos casos de suicídio, taxa maior do que a média das outras faixas etárias. A taxa cresce por uma conjunção de fatores. “A sociedade está cada vez menos solidária, o jovem não tem mais uma rede de apoio. Além disso, é desiludido em relação aos ideais que outras gerações tiveram”, afirma Neury Botega, psiquiatra da Unicamp.
Em 2013, o Brasil contabilizou 11.821 suicídios (9.198 do sexo masculino e 2.623 do sexo feminino). Em taxas relativas (mortes por cem mil habitantes), o Rio Grande do Sul tem a maior taxa, com 10,2, seguido de Roraima, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, conforme levantamento do Ministério da Saúde abarcando o período de 2006 a 2010.
O país é signatário do “Plano de Ação sobre Saúde Mental 2013–2020” da Organização Mundial da Saúde, que busca a redução da taxa de suicídio em 10% até 2020; no entanto, nos últimos dez anos, o número de suicídios no país tem aumentado, o que tem preocupado o governo.
Fonte: Wikipédia