No Dia de Hoje – 21 de agosto

Busto de Irineu Marinho, fundador de O Globo, pode ser visitado no Passeio Público do Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/BiblioUfrj)

No dia 21 de agosto de 1925, morria o jornalista Irineu Marinho Coelho de Barros. Natural de Niterói, foi o fundador de um dos mais importantes jornais do país. Antes, no entanto, era um aluno aplicado e em 1891 ingressou no colégio de William Cunditt (Liceu Popular de Niterói) onde fundou o Grêmio Literário Sílvio Romero e os jornais “A Pena” e “O Ensaio”. No ano seguinte transferiu-se para o Liceu de Humanidades de Niterói anteriormente denominado (Liceu Popular de Niterói) e iniciou colaboração regular no jornal “O Fluminense”.

Após a Revolta da Armada (1893–1894), foi morar no Rio de Janeiro e conseguiu emprego no “Diário de Notícias” (de Rui Barbosa) como revisor. Passou por todas as funções, desde repórter até diretor. Trabalhou por um tempo também no jornal “A Tribuna”.

Em 1903, casou-se com a filha de italianos Francisca Pisani, a Dona Chica, e tiveram seis filhos: Roberto, Heloísa, Ricardo, Hilda, Helena (morta com 1 ano e 3 meses de idade vítima de pneumonia) e Rogério. Trabalhava duramente para sustentar e educar seus filhos com jornadas de até 15 horas diárias. Trabalhava no prestigiado jornal A Notícia e tinha como colegas Arthur Azevedo e Olavo Bilac.

Em seu estilo editorial incluem-se a defesa das causas nacionais, a crítica ao coronelismo e aos grandes trustes internacionais — como Lumber Corporation e Brasil Railway Co., estabelecidas no país.

Em 18 de julho de 1911, é fundado “A Noite”, primeiro vespertino do Rio de Janeiro, do qual era um dos acionistas, e cuja quota de 25 contos de réis seria, segundo algumas histórias, proveniente de empréstimos feitos por amigos. Em 1913, seus desafetos da Brasil Railway Co. conseguem infiltrar um representante na sociedade — Geraldo Rocha. Na revolta tenentista de 5 de julho de 1922 se posicionou favorável às ideias que culminaram no levante. Em consequência disso acabou sendo preso por quatro meses.

Em 1924, viaja à Europa com a família e aproveita para conhecer novas técnicas e equipamentos gráficos mais aperfeiçoados. Neste ínterim, no Brasil, Geraldo Rocha convoca a assembleia de acionistas e aumenta o capital do jornal, restando com Irineu a condição de acionista minoritário, o que acabou por expurgá-lo da empresa que ajudou a construir.

Em 1925, no entanto, Irineu funda seu próprio veículo de comunicação, o jornal O Globo e o primeiro número circula em 29 de julho daquele ano. Menos de um mês depois da inauguração do jornal, sofre um ataque cardíaco no banheiro da sua casa, o que ocasionou sua morte. Seu filho mais velho, Roberto, relutante e se sentindo despreparado para a incumbência, preferiu que Euricles de Matos assumisse o comando. Em 1931, quando Euricles morre, Roberto assume o controle do jornal, que completará 100 anos em 2025.

Fonte: Wikipédia

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