No Dia de Hoje – 21 de julho

Jovelina (de braços abertos) foi um dos nomes que marcaram o samba e era uma das pastoras e também integrante da Ala das Baianas do Império Serrano (Foto: Divulgação/Agência O Globo)

No dia 21 de julho de 1944, nascia a cantora e compositora Jovelina Pérola Negra, uma das musas do samba, cujo nome de batismo era Jovelina Farias Belfort. De voz rouca, forte, de tom popular e força batente, é herdeira do estilo de Clementina de Jesus, e foi, como ela, empregada doméstica antes de fazer sucesso no mundo artístico.

Nascida em Botafogo (zona sul do Rio de Janeiro), Jovelina logo fincou pé na Baixada Fluminense. Apareceu para o grande público do Raça Brasileira. Pastora do Império Serrano, ajudou a consolidar o pagode. Verdadeira tiete do partideiro Bezerra da Silva, Jovelina começou a dizer seus pagodinhos no Vegas Sport Clube, em Coelho Neto, levada pelo amigo Dejalmir, que também lançou o nome Jovelina Pérola Negra, homenagem à sua cor reluzente.

Gravou cinco discos individuais conquistando um Disco de Platina. Atualmente são encontradas apenas as coletâneas com os grandes sucessos como “Feirinha da Pavuna”, “Bagaço da Laranja” (gravada com Zeca Pagodinho), “Luz do Repente”, “No Mesmo Manto” e “Garota Zona Sul”, entre outros. O sucesso chegou tardiamente e ela não realizou o sonho de “ganhar muito dinheiro e dar aos filhos tudo o que não teve”.

Jovelina morreu no dia 2 de novembro de 1998, aos 54 anos, de infarto no bairro do Pechincha. Deixou três filhos – José Renato (30), Cassiana (25) e Cleyton (10) -, que teve com Nilton dos Santos, de quem era separada. O enterro foi realizado no Cemitério da Pechincha, em Jacarepaguá.

Houve em 2012 em homenagem a Jovelina Pérola Negra na Arena Carioca Jovelina Pérola Negra o show “Viva Jovelina – Pérola Negra do Samba” com várias participações de artistas entre os quais: Aloísio Machado, Aninha Portal, grupo Batuque Novo, Cassiana Belfort (filha de Jovelina), Juninho, Ircéia Pagodinho, Sombrinha, Tantinho da Mangueira, Thybau, Renatinho Partideiro, Rose Guará e Zé Luís do Império.

O estilo muito pessoal conquistou muitos fãs no meio artístico, levando até mesmo Maria Bethânia a uma apresentação no Terreirão do Samba, na Praça Onze de Junho, de onde a diva da música popular brasileira só saiu depois de ouvir “dona Jove versar”. Alcione já homenageou a “Pérola Negra” em um de seus melhores discos, “Profissão Cantora”. Enquanto o samba e o verdadeiro partido-alto existirem, Jovelina sempre será lembrada pela voz potente e a ginga própria – assim como Clementina de Jesus.

Fonte: Wikipédia

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