No Dia de Hoje – 30 de março

Clapton durante uma apresentação, no ano de 2006 (Foto: Chris Kuhl/Reprodução)

No dia 30 de março de 1945, nascia em Ripley, no Reino Unido, o cantor, compositor e guitarrista Eric Clapton. Apelidado de Slowhand, ficou conhecido por ser um exímio guitarrista e por vezes considerado um dos melhores de todos os tempos. Embora o seu estilo musical tenha variado ao longo de sua carreira, Clapton sempre teve as suas raízes ligadas ao blues. Foi considerado inovador pelos críticos em várias fases distintas de sua carreira, atingindo sucesso tanto de crítica quanto de público e tendo várias canções listadas entre as mais populares de todos os tempos, tais como “Layla”, “Wonderful Tonight” e a regravação de “I Shot the Sheriff”, de Bob Marley.

Em 2004 foi condecorado com o título de Comandante da Ordem do Império Britânico (CBE) e em 2011 foi eleito o 2° melhor guitarrista de todos os tempos pela revista Rolling Stone.

Fruto de um relacionamento amoroso entre uma britânica e um aviador canadense, Clapton foi criado pelos avós, Rose e Jack Clapp. Ele nasceu “em segredo” na casa onde foi criado pelos avós como filho, acreditando que eles eram seus pais, sem saber que a irmã mais velha era a sua mãe verdadeira até os nove anos de idade. Essa revelação marcou a infância de Clapton, sendo que depois disso, Eric teve dificuldades nos estudos e tornou-se um garoto calado, tímido, solitário e distante da família. Na escola, o assunto que mais o interessava era a arte, e era comum ser repreendido em aula por ter os livros repletos de desenhos.

Iniciou os primeiros estudos na Escola Primária da Igreja Anglicana de Ripley. Durante a catequese ouviu pela primeira vez os cânticos ingleses, entre eles Jesus Bids Us Shine, o seu favorito. Desde então, a música o distraía da realidade. Uma paixão que, no decorrer dos anos, passou a ser essencial em sua vida. O seu primeiro instrumento, a flauta doce, lhe proporcionou um prêmio ao tocar Greensleeves.

Apesar do ambiente confuso em casa, Eric Clapton se considerava um garoto de sorte sob o aspecto de que o ambiente rural na comunidade de Ripley proporcionava um mundo repleto de fantasias na companhia dos amigos e vizinhos, Guy, Stuart e Gordon. Trabalhando como carteiro, aos 13 anos de idade, ganhou seu primeiro violão da avó, Rose. Apesar da dificuldade inicial com o instrumento, influenciado por canções antigas de blues e com um pequeno gravador, Eric se esforçava para aprender até o ponto em que estivesse tocando igual aos artistas originais. Isso ajudou-o a desenvolver sua técnica e, em pouco tempo conseguiu dominar o instrumento.

Ao completar o ensino básico, em 1962, Clapton fez um ano introdutório na Kingston School of Art, mas não concluiu o curso. Em janeiro de 1963, indicado pela namorada do guitarrista Tom McGuinness, e sua colega no curso de artes, ingressou na banda The Roosters. Seus ensaios eram no andar de cima de um bar e a guitarra, o teclado e o vocal iam no mesmo amplificador, pois não tinham muitos recursos. Chegaram a fazer algumas apresentações, e Eric permaneceu na banda até agosto do mesmo ano.

Ainda em 1963, passou a integrar a banda Yardbirds, que começava a fazer sucesso na Grã-Bretanha. O empresário da banda e grande entusiasta do blues chamava-se Giorgio Gomelsky. Giorgio tinha aberto um lugar chamado CrawDaddy Club, no velho Station Hotel, em Richmond. A banda que tocava no local nas noites de domingo era a recém-formada Rolling Stones. Lá Eric conheceu Mick, Keith e Brian em seu período de gestação, quando tocavam apenas R&B. Com o passar do tempo, os Yardbirds foram alternando seu estilo para o ritmo Pop, o que desagradava a Eric.

Sendo assim, fiel às suas raízes no blues, recusou-se a seguir a direção escolhida pelo grupo, e acabou saindo em março de 1965. Clapton ainda integraria mais uma banda até 1970, quando lançou seu primeiro disco solo em 1970, que trazia uma de suas melhores composições: “Let It Rain”.

O músico também se envolveu em algumas polêmicas durante sua carreira. Em 1976, Clapton foi o centro de polêmicas devido a acusações de racismo, ao protestar contra a imigração crescente durante um show em Birmingham. Ele disse que a Inglaterra estava “se tornando superpopulada” e implorou para que a plateia votasse em Enoch Powell para impedir que a Grã-Bretanha virasse uma “colônia negra”. Seus comentários motivariam diretamente a criação do evento Rock Against Racism. Anos mais tarde, em sua autobiografia, Clapton afirma não se lembrar do episódio e afirma estar sob influência de drogas e bebida durante a declaração.

Recentemente, se assumiu negacionista da pandemia da Covid-19. Numa entrevista, afirmou acreditar que aqueles que se vacinaram contra a covid-19 foram alvo de hipnose, uma teoria de Mattias Desmet, professor de psicologia clínica da Universidade de Gent (Bélgica), denominada de “hipnose de massas”.

Além disso, no começo dos anos 1990, sofreu uma perda familiar, em 20 de março de 1991, quando Conor, filho de quatro anos do cantor com a modelo italiana Lori Del Santo, morreu depois de cair da janela aberta de um apartamento no 53º andar do edifício “Galleria Condominiums”, em Nova York. A tragédia inspirou a canção “Tears In Heaven”.

Fonte: Wikipédia

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