No Dia de Hoje – 18 de novembro

Vista aérea dos corpos após o suicídio coletivo na propriedade de Jonestown, na Guiana (Fotos: David Hume Kennerly/Getty Images e Jonestown Institute)

No dia 18 de novembro de 1978, mais de 900 pessoas morreram na comunidade rural de Jonestown, nome informal para o Projeto Agrícola do Templo do Povo, uma organização religiosa estadunidense sob a liderança do religioso Jim Jones, no noroeste da Guiana, localizada nas proximidades de Porto Kaituma e, em Georgetown, capital guianense.

Tratava-se de uma tentativa de construir uma comunidade rural autossustentável em um local com solo pobre e com pouca água doce. Além disso, a comunidade estava superpovoada quando se leva em conta os recursos disponíveis nas proximidades. Essas circunstâncias que contribuíram para a deterioração das condições de vida no local.

Um total de 909 estadunidenses morreram, com exceção de duas pessoas, por envenenamento através da ingestão de cianeto, em um evento denominado por Jones e alguns membros do culto como “suicídio revolucionário”. Os envenenamentos em Jonestown foram associados ao assassinato de cinco pessoas por membros do Templo em Port Kaituma, incluindo o congressista Leo Ryan. Quatro outros membros do Templo morreram em Georgetown por ordens de Jones.

O ocorrido em Jonestown normalmente é classificado como um “suicídio em massa”, embora algumas fontes, incluindo sobreviventes de Jonestown, considerem que as mortes tenham sido parte de um assassinato em massa. Foi o maior evento deste tipo na história moderna e resultou na maior única perda de vidas civis norte-americanas em um ato deliberado até o dia 11 de setembro de 2001. Nos últimos anos, o massacre de Jonestown tem sido alvo de várias teorias da conspiração.

Na época, Jones foi acusado de manter sob sua custódia o filho de um ex-integrante do Templo em 1977. Este apelou ao congressista democrata Leo Ryan, para apelar pela custódia do filho junto ao presidente guianense Forbes Burnham. Em novembro de 1978, o Congresso dos Estados Unidos autorizou uma viagem de Ryan para a Guiana.

Ryan e sua comitiva foram recebidos calorosamente em Jonestown, em 17 de novembro de 1978, o que gerou um comentário positivo do congressista a respeito das condições de vida na comunidade isolada na floresta. Porém, no dia seguinte, a deserção de alguns membros da comunidade (que quiseram se reunir ao retorno da comitiva) criou um clima de tensão no local.

Jones concordou com a saída, denunciando os desertores como traidores, e à tarde, Ryan foi atingido por um ataque desferido com faca e teve que apressar a retirada de Jonestown. Ao chegar à pista de pouso do Port Kaituma, o avião que deveria levar Ryan e sua comitiva foi alvejado pela guarda que fazia a segurança de Jim Jones. Ryan, três repórteres e uma ex-integrante da seita foram mortos.

Local encontra-se deserto atualmente, apesar das tentativas locais de repasse das terras a outros grupos

A razão dada por Jones, no entanto, para cometer suicídio, foi consistente com a sua declaração anterior sobre agências de inteligência que supostamente conspiravam contra o Templo, ao dizer que eles iriam “atirar em alguns dos nossos bebês inocentes” e “torturar nossos filhos, torturar alguns dos nossos membros, torturar nossos idosos”. Jones foi encontrado morto na mesma comunidade, com um tiro na cabeça. Os corpos foram levados e cremados nos Estados Unidos.

Agora deserto, o complexo foi vigiado pelo governo da Guiana após as mortes. O governo então permitiu sua reocupação por refugiados hmong do Laos por alguns anos no início dos anos 1980, o que nunca ocorreu de fato. Os prédios e os terrenos foram saqueados pelo povo local, mas não foram retomados por causa de sua associação com o assassinato em massa. Os edifícios foram destruídos principalmente por um incêndio em meados da década de 1980, após o qual as ruínas foram deixadas em decomposição e recuperadas pela selva.

Fonte: Wikipédia

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