No Dia de Hoje – 17 de dezembro

Lula (à esquerda) e Collor durante debate na TV (Foto: Reprodução)

No dia 17 de dezembro de 1989, o Brasil escolhia seu primeiro presidente após a promulgação da Constituição Federal de 1988. A eleição presidencial de 1989 foi realizada em um dois turnos. O primeiro aconteceu em uma quarta-feira, 15 de novembro de 1989, e o segundo em dezembro. No total, 22 candidatos a Presidente e 22 a Vice-presidente do Brasil concorreram na eleição. Os principais candidatos à presidência foram: o liberal Fernando Collor de Mello (PRN, atual PTC), o socialista Luís Inácio Lula da Silva (PT), o trabalhista Leonel Brizola (PDT), o social-democrata Mário Covas (PSDB), e o conservador Paulo Salim Maluf (PDS, atual Progressistas).

As eleições de 1989 foram as primeiras desde 1960 em que os cidadãos brasileiros aptos a votar escolheram seu presidente da república. Por serem relativamente novos, os partidos políticos estavam pouco mobilizados e vinte e duas candidaturas à presidência foram lançadas. Essa quantidade expressiva de candidatos mantém o recorde de eleição presidencial com mais candidatos – número que passaria a 23 caso o ex-presidente Jânio Quadros, cujo nome foi cogitado para a disputa, não abdicasse de sua pré-candidatura em decorrência de seus problemas de saúde.

Foi também a primeira eleição na qual uma mulher disputou o posto mais elevado da República — Lívia Maria, do Partido Nacionalista (PN). Como nenhum candidato obteve a maioria absoluta dos votos válidos, isto é, excluídos os brancos e nulos, a eleição foi realizada em dois turnos, conforme a então nova lei previa. O primeiro foi realizado em 15 de novembro de 1989, data que marcava o centésimo aniversário da proclamação da República, e o segundo em 17 de dezembro do mesmo ano. Foram para o segundo turno os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva, da coligação encabeçada pelo Partido dos Trabalhadores, e Fernando Collor de Mello, da coligação encabeçada pelo PRN.

Diversos veículos de imprensa noticiaram forte favorecimento por parte da Rede Globo no debate presidencial do segundo turno a Collor, em relação a Lula. A emissora foi alvo de críticas devido à edição que promoveu do último debate entre os candidatos a presidente na eleição de 1989, o que teria favorecido Fernando Collor de Mello. Em 2009, Collor admitiu que teve vantagem na disputa. Ele venceu a eleição para a presidência em 23 dos 26 estados (Lula ganhou apenas no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal).

O presidente eleito assumiu no ano de 1990, e seu governo foi marcado pela implementação do Plano Collor e a abertura do mercado nacional às importações e pelo início de um programa nacional de desestatização. O plano, que no início teve uma boa aceitação, acabou por aprofundar a recessão econômica, colaborada pela extinção, em 1990, de mais de 920 mil postos de trabalho e uma inflação na casa dos 1 200% ao ano; junto a isso, denúncias de corrupção política envolvendo o tesoureiro de Collor, Paulo César Farias, feitas por seu irmão Pedro Collor de Mello, culminaram com um processo de impugnação de mandato (impeachment). Ele renunciou ao cargo em 29 de dezembro de 1992 e perdeu os direitos políticos por oito anos.

Seu adversário derrotado foi eleito duas vezes presidente, em 2002 e 2006. Seu governo teve como marcos a introdução de programas sociais, como o Bolsa Família e o Fome Zero, ambos reconhecidos pela Organização das Nações Unidas como os programas que possibilitaram a saída do país do mapa da fome. Durante seus dois mandatos, empreendeu reformas e mudanças radicais que produziram transformações sociais e econômicas no Brasil, que triplicou seu PIB per capita e alcançou o grau de investimento.

Na política externa, desempenhou um papel de destaque, incluindo atividades relacionadas ao programa nuclear do Irã, ao aquecimento global, ao Mercosul e aos BRICS. Lula foi considerado um dos políticos mais populares da história do Brasil e, enquanto presidente, foi um dos mais populares do mundo.

Fonte: Wikipédia

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