Resende e Quatis suspendem vacinação de adolescentes após recomendações do MS

A Prefeitura de Resende, através da Secretaria de Saúde, informou em nota que momentaneamente está suspendendo a vacinação em adolescentes contra a Covid-19, que aconteceria nesta sexta-feira, dia 17. O mesmo procedimento foi adotado pela Prefeitura de Quatis, através da sua Secretaria de Saúde. Ambas decidiram seguir a orientação do Ministério da Saúde, que revisou a recomendação da imunização por meio da Nota Técnica nº 1/2021, publicada nesta quarta-feira, dia 15, pela Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19.

Segundo o documento, o ministério passou a recomendar a vacinação apenas para os adolescentes entre 12 e 17 anos que tenham deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade, apenas com a vacina da Pfizer/Biotech, que tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso em adolescentes a partir de 12 anos.

A pasta citou, entre outros argumentos, o fato de que os benefícios da vacinação em adolescentes sem comorbidades ainda não estão claramente definidos e que a Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda imunização de adolescentes com ou sem comorbidades.

O ministério também argumentou que a decisão foi tomada devido ao fato de a maioria dos adolescentes sem comorbidades acometidos pela covid-19 apresentarem evolução benigna da doença, por ficarem assintomáticos ou com poucos sintomas.

Outro ponto levantado foi o de que houve uma redução na média móvel de casos e óbitos (queda de 60% no número de casos e queda de mais de 58% no número de óbitos por covid-19 nos últimos 60 dias) com melhora do cenário epidemiológico.

Uma nota técnica anterior da pasta, no entanto, também de setembro, recomendava que a imunização dos adolescentes tivesse início na última quarta-feira, com a ressalva de que os que não apresentassem comorbidades deveriam ser os últimos a ser vacinados. Ainda assim, pede a estados e municípios que sigam as orientações do Programa Nacional de Operacionalização da Covid-19.

Foto: Camila Batista/Semsa

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