No Dia de Hoje – 15 de setembro

No Rio de Janeiro, foi construído um monumento em homenagem aos pracinhas que lutaram na Segunda Guerra Mundial (Foto: Reprodução/Brasil Escola)

No dia 15 de setembro de 1944, mais de 25 mil homens e mulheres que faziam parte da Força Expedicionária Brasileira (FEB) embarcavam para a Europa durante a Segunda Guerra Mundial. A Força Expedicionária Brasileira foi a delegação militar enviada pelo Brasil à Europa para integrar as tropas dos países aliados (Estados Unidos, Inglaterra, União Soviética, Resistência Francesa, etc.) contra as Potências do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) durante a Segunda Guerra Mundial.

O estopim para a entrada do Brasil na guerra e para a criação da Força Expedicionária Brasileira foi um acontecimento específico, que ocorreu entre os dias 5 e 17 de agosto de 1942: alguns submarinos nazistas torpedearam seis navios mercantes brasileiros, que trafegavam pelo litoral nordestino, o que provocou a morte de centenas de pessoas. Esse acontecimento provocou grande comoção popular, o que contribuiu para que Getúlio Vargas (então presidente) declarasse guerra à Alemanha e aos seus aliados.

A FEB foi concebida em 9 de agosto de 1943 pela Portaria Ministerial nº 4744, após o Brasil ter declarado guerra ao “Eixo” em agosto do ano anterior. O símbolo da FEB é o de uma cobra fumando um cachimbo. Esse símbolo foi uma resposta àqueles que diziam que o Brasil não teria capacidade de ir à guerra. Isso só ocorreria, diziam em tom de desdém, se a “cobra fumasse”.

O envio de soldados brasileiros não foi uma imposição dos Estados Unidos, mas surgiu de uma demanda interna do próprio governo brasileiro. Apesar disso, a participação do Brasil na guerra encontrou a oposição dos Aliados, que temiam a pouca preparação dos soldados brasileiros, que ficaram conhecidos pelo nome de “pracinhas”. Os pracinhas foram integrados com o 5º exército americano e atuou nos combates no norte da Itália. O principal treinamento que os oficiais de nosso Exército receberam antes de ir para o combate foi na Escola de Comando do Estado-Maior de Fort Leavenworth, no estado do Kansas, no Meio Oeste dos EUA.

O comandante da FEB foi o general Mascarenhas de Morais, da 2ª Região Militar, lotada em São Paulo. Foi designado ao comando diretamente pelo Ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra. As tropas brasileiras atuaram nas regiões montanhosas da Itália entre o fim de 1944 e o início de 1945. A principal batalha travada foi a de Monte Castelo.

A princípio, o exército brasileiro mostrou-se mal preparado e equipado para a guerra, e isso ficou evidenciado em um primeiro combate, quando os brasileiros sofreram pesadas baixas contra os alemães e foram obrigados a recuar. É importante lembrar que, além da pouca preparação dos pracinhas, os soldados alemães estavam em posições de defesa muito boas e equipados de metralhadoras potentes.

Após ser reequipado e passar por novo treinamento com os soldados americanos, o exército brasileiro foi lançado novamente à batalha e teve participação na Batalha de Monte Castello, cuja conquista foi realizada em fevereiro de 1945. Outras participações do Brasil na guerra ocorreram em Castelnuovo, Montese, Fornovo di Taro, etc.

Ao final da guerra, a atuação brasileira havia resultado em 454 soldados brasileiros mortos em combate. A atuação do Brasil na Segunda Guerra também contribuiu para antecipar o fim da ditadura de Getúlio Vargas.

Fonte: Brasil Escola

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