Delegacias em Itatiaia e Volta Redonda terão atendimento especializado para crianças e adolescentes

Delegacia de Itatiaia (99ª DP) também atenderá crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual (Foto: Arquivo)

Nesta terça-feira, dia 18, no Dia de Combate à Violência e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o governador Cláudio Castro anunciou durante o evento “Maio Laranja”, realizado no Palácio Guanabara, que o governo do estado fará um investimento de R$ 690 mil em 22 salas que serão preparadas para atender especificamente esse público, que precisa de atendimento especializado e acolhedor num momento tão difícil.

Duas delas funcionarão na região do Médio Paraíba: em Volta Redonda, em uma das 14 Delegacias de Atendimento à Mulher (DEAMs) existentes no estado, e na Delegacia de Itatiaia, assim como as de Seropédica, Mesquita, Nilópolis (na Baixada Fluminense), Teresópolis (Região Serrana) e Iguaba (Baixada Litorânea). Já a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) contará com duas salas.

– O Rio de Janeiro não vai fechar os olhos. Como pai não posso deixar de imaginar se fosse com meus filhos, que há crianças que não têm a oportunidade de pai amoroso e que os defenda acima de tudo. Temos dois grandes desafios. O primeiro é o de divulgar plataformas e telefones para que as pessoas saibam onde denunciar. Segundo desafio é não deixar que a impunidade reine, porque gera desconfiança e descrença. Quando chegamos aqui a Polícia Civil mal tinha condições de fazer pequenas investigações, por estar altamente sucateada. Imagina uma investigação complexa envolvendo uma criança. Estamos investindo em tecnologia para que possamos ter a condição de resolver esses crimes – afirmou o governador.

Cláudio Castro: “Quando chegamos aqui a Polícia Civil mal tinha condições de fazer pequenas investigações, por estar altamente sucateada” (Foto: Divulgação)

Ao lado do governador estava a primeira-dama Analine Castro, que anunciou o lançamento de uma cartilha que está disponibilizada nas redes sociais do governo do Rio de Janeiro para auxiliar pais e responsáveis na identificação de crimes de abuso infantil, mas que também pode ser acessada aqui.

– Estamos lançando uma cartilha com conteúdo que ensina a reconhecer os sinais desse tipo de violência e com números de emergência onde podemos encontrar ajuda especializada. Ter acesso a essas informações vai nos ajudar a permanecer vigilantes para, ao menor sinal de que uma criança ou um adolescente está sendo vítima, ouvir, acolher e procurar ajuda especializada, para que o crime não fique impune – disse a primeira-dama.

Durante o evento, o Cristo Redentor e o prédio do Palácio Guanabara foram iluminados na cor laranja, que representa o enfrentamento e combate à exploração sexual de crianças e adolescentes.

Reforçando o comprometimento do Estado em proteger o futuro do Rio de Janeiro, outras secretarias estão desenvolvendo iniciativas para ajudar na prevenção e combate a esse tipo de violência. A Polícia Civil formará, ao final deste mês, 75 agentes no Curso de Capacitação em Depoimento Especial de Crianças e Adolescentes vítimas ou testemunhas (CCDE). Até hoje, esse curso já formou cerca de 300 agentes, que já fazem esse tipo de atendimento especializado.

Além disso, a Polícia Civil também preparou um workshop com o titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), delegado Adriano França, e com o coordenador do programa Papo de Responsa, inspetor de polícia Beto Chaves.

SETOR DE TURISMO
A Secretaria de Estado de Turismo, em parceria com a Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat) e o Sindicato de Hotéis e Meios de Hospedagem do Município do Rio (HotéisRio), realiza até o fim deste mês uma ação de conscientização nos hotéis do Rio de Janeiro. Será distribuído material digital conscientizando sobre a questão do turismo sexual, crimes contra menores e canais de denúncia.

COMUNIDADE ESCOLAR
Ciente do papel da escola na rede de proteção de crianças e adolescentes, a Secretaria de Estado de Educação tem uma série de recomendações para que educadores saibam identificar situações de abuso e exploração sexual que os alunos possam estar sofrendo. Palestras sobre direitos, oficinas e rodas de conversa são estimuladas para não apenas informar sobre o tema, mas, também, mostrar aos estudantes, pais e comunidade escolar, que a sala de aula, mesmo que virtual, é um espaço seguro. As ações não estão restritas ao 18 de maio, são colocadas em prática permanentemente ao longo do ano.

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