Cremerj demonstra preocupação com falta do “kit intubação” em unidades de saúde do estado do RJ

Em nota técnica publicada nesta segunda-feira, dia 29, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) informou ter “expressa preocupação, com uma possível falta, no estado do Rio de Janeiro, de fármacos (medicamentos) usados em procedimentos recomendados para alguns pacientes com Covid-19, como a intubação traqueal e ventilação mecânica, também conhecidos como ‘kit intubação'”.

O conselho também recomenda na nota aos médicos “cautela na hora de usar esses medicamentos”, segundo a nota, considerando o alto índice de pacientes que necessitam atualmente desse tipo de terapêutica e o aumento da fila de espera por UTIs, que, nesta segunda-feira, ultrapassava o número de 700 pessoas aguardando.

O documento reforça outra nota técnica emitida pelo Cremerj na última terça-feira, dia 23, com recomendações a respeito. Mas devido ao agravamento do cenário da saúde pública do Rio de Janeiro nos últimos dias, o Conselho reforça algumas orientações aos médicos, principalmente os anestesiologistas, que, priorizem, em procedimentos anestésico-cirúrgicos, a utilização de fármacos que não estejam sendo usados nas UTIs, como os anestésicos inalatórios e bloqueios regionais, desde que a alteração não comprometa a segurança do ato anestésico-cirúrgico.

Outra orientação é para a interrupção provisória no agendamento de procedimentos anestésico-cirúrgicos eletivos não tempo-sensíveis (que a espera pode agravar), nos quais venham a ser utilizados quaisquer desses medicamentos, com a finalidade de poupá-los para as UTIs.

– Estamos agindo por precaução. Não existe uma falta, mas a demanda está alta por esses medicamentos, muito maior do que a habitual. Isso é um fato. Precisamos nos prevenir em prol da qualidade da assistência médica no nosso estado e para garantir o melhor tratamento para os nossos pacientes – explica Walter Palis, presidente do Cremerj.

A nota técnica também chama a atenção para a importância de os gestores públicos providenciarem, com urgência, vacinação para todos os médicos e demais profissionais de saúde, além de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) em larga escala para o uso deles. O documento pede, ainda, que as autoridades sejam provedoras de leitos de qualidade para a assistência da população, sejam eles de enfermaria ou de UTI para tratar casos de Covid-19 ou outras doenças.

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