Pelo menos 60 pessoas foram presas na manhã desta segunda-feira, dia 8, na Operação Paraíso de Cima 2021, que teve como objetivo expulsar de um condomínio do programa Minha Casa Minha Vida, no bairro Paraíso de Cima, em Barra Mansa, uma facção criminosa comandada pelo traficante Pabrício Fernandes Alves, o Bito, preso em Bangu, das residências invadidas. A ação, que teve a participação de policiais civis e de outras corporações como a Guarda Municipal, autuaram três dos presos em flagrante por associação ao tráfico de drogas. Já as demais pessoas serão ouvidas e investigadas, pois segundo a polícia pesa contra elas a acusação de esbulho (usurpação do imóvel) e associação ao tráfico de entorpecentes.
Segundo o delegado Ronaldo Aparecido, da 90ª DP, a operação teve caráter emergencial, em função do crescente número de vítimas registrado nos últimos dias. “Nosso intuito é resgatar a dignidade dos moradores que foram expulsos de suas casas por traficantes. Mas, não conseguirão. Vamos permanecer aqui o tempo que for necessário. Se preciso, ficaremos o ano todo. A Prefeitura, o Governo do Estado, as Polícias Civil e Militar, assim como a Guarda Municipal, estão a serviço da população. O tráfico não vai se estabelecer”, afirmou.
Segundo a Prefeitura de Barra Mansa, os imóveis do Minha Casa Minha Vida foram entregues às famílias em 18 de dezembro do ano passado, mas de acordo com a polícia, os imóveis “teriam sido tomados das famílias por traficantes ligados ao Comando Vermelho com a finalidade de manter o controle visual de todas as ruas de acesso ao bairro”. E que “as unidades estavam sendo utilizadas para endolação, armazenamento de drogas e armas, a mando do suposto chefe local do tráfico, preso no sistema prisional do Rio de Janeiro”.
A Operação Paraíso de Cima 2021 contou com a participação de 60 policiais de diversas delegacias, além de policiais militares e de 25 guardas municipais, e de integrantes das várias secretarias de Barra Mansa. Também foram utilizados na ação 30 viaturas, um caminhão e um ônibus.
Foto: Paulo Dimas/Divulgação PMBM