Em atualização a recomendações, SBI não recomenda medicamentos para covid-19

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou na última quarta-feira, dia 9, uma nota atualizando as recomendações sobre prevenção, diagnóstico e tratamento dos pacientes contra a covid-19. Dentre as informações mais importantes estão a não recomendação de qualquer tratamento precoce contra a doença e a possbilidade ou não de uma nova infecção.

Segundo os diretores e consultores que assinam a nota, a SBI diz que “não recomenda tratamento farmacológico precoce para covid-19 com qualquer medicamento (cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, nitazoxanida, corticoide, zinco, vitaminas, anticoagulante, ozônio por via retal, dióxido de cloro), porque os estudos clínicos randomizados com grupo controle existentes até o momento não mostraram benefício e, além disso, alguns destes medicamentos podem causar efeitos colaterais”, não havendo, portanto, qualquer “comprovação científica de que esses medicamentos sejam eficazes”. Apenas são indicados medicamentos que combatem os sintomas, como paracetamol e/ou dipirona (analgésicos e antitérmicos), podem ser usados para pacientes que apresentam dor e/ou febre.

A orientação segue as recomendações de sociedades médicas científicas e outros organismos sanitários nacionais e internacionais, entre elas a Sociedade de Infectologia dos EUA (IDSA), a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Nacional de Vigilância do Ministério da Saúde do Brasil (Anvisa).

O documento da SBI – mesmo com a notícia da última semana na qual foi confirmado um caso de reinfecção por covid-19 no Brasil – também afirma que uma reinfecção pelo vírus causador da covid-19 (SARS-CoV-2) “parece ser incomum”. Os especialistas defendem que “a maioria das pessoas que tiveram infecção assintomática ou a doença covid-19 provavelmente estarão imunes por, pelo menos, 3 a 5 meses”, e que os estudos em andamento e futuros responderão por quanto tempo o paciente ficará imune com mais precisão. Eles ainda recomendam que mesmo as pessoas que tiveram a doença “devem continuar praticando as medidas de prevenção”.

A nota também alerta sobre a “a enorme importância de detectar hipóxia (falta de oxigênio), incluindo a hipóxia silenciosa”, recomendando que a maioria desses pacientes, que estão no grupo de risco para a covid-19 (com mais de 60 anos e/ou os que têm doenças crônicas como diabetes, insuficiência cardíaca, enfisema pulmonar, imunodeprimidos, insuficiência renal crônica e obesidade) tenham o primeiro sinal de hipóxia detectado através da oximetria digital, já que muitos pacientes podem desenvolver a hipóxia silenciosa, ou seja sem sentir falta de ar. Geralmente esses pacientes evoluem com pneumonia grave, com falta de oxigênio no sangue e nos órgãos (hipóxia), e que necessitam de internamento hospitalar.

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