“Impactos da Covid-19” aponta que Sul Fluminense teve queda menor em índices econômicos

Com a pandemia do novo coronavírus em todo o mundo e também no Brasil, na Região Sul Fluminense (que abrange os municípios de Resende, Itatiaia, Quatis e Porto Real, além de Barra Mansa e Volta Redonda), é possível observar uma queda expressiva nas operações de vendas entre os dias 8 de março a 11 de abril, voltando a apresentar elevação a partir da semana seguinte e configurando melhora, pois sofre pouca variação na última semana (de 19 a 25 de abril). Essas informações são baseadas na segunda edição do Boletim “Impactos da Covid-19”, divulgado pela Secretaria de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro (Sefaz-RJ) nesta quarta-feira, dia 13.

O boletim mostra como a pandemia afetou a atividade econômica do Estado do Rio através de uma pesquisa feita nas semanas de 1º de março a 25 de abril entre os contribuintes em todo o estado. Além disso, o boletim ainda confronta a primeira com a última semana da análise, onde pode ser observada uma queda no ICMS destacado nas notas relativas às operações de venda e prestações de serviços. A região foi uma das que menos sofreram perdas com o ICMS, com queda de apenas -3%, quase cinco vezes menos que o verificado na região das Baixadas (que abriga cidades como Cabo Frio, Saquarema e Armação de Búzios), que teve a maior perda do estado.

Na quantidade de notas emitidas, o Sul Fluminense teve uma queda de -38%, uma das maiores taxas do estado, perdendo apenas para a Região Metropolitana, que registrou queda de -43%. Já entre a variação do valor dos produtos, a queda é a menor do território fluminense, com apenas -6%. A maior perda também ficou para a região das Baixadas, com -19%

A análise geral do boletim mostra aponta que, os indicadores da quantidade, no valor das operações e no valor do ICMS destacado nas notas fiscais – mesmo com um crescimento registrado ente 12 a 18 de abril, esses índices voltaram a cair entre 19 e 25 de abril em todo o Rio. Na comparação com os números do início de março, os indicadores ainda estão longe dos níveis de antes da pandemia do novo coronavírus.

A queda observada nos valores das vendas que constam informadas nos documentos fiscais emitidos nas semanas iniciadas em 1º de março e 25 de abril, por exemplo, foi de -36%. O estudo revela também que o comportamento da economia refletido a partir das notas fiscais eletrônicas emitidas nas vendas para consumidor final, também registrou queda de -38% no valor das vendas.

Também constam no levantamento os dados do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e). O comparativo dos valores dos documentos fiscais emitidos de 1º de março a 25 de abril reforça a preocupação geral com o nível da atividade econômica das empresas instaladas no Estado do Rio. A queda no valor atinge 45% no período. Foram considerados os CT-e com prestação de transporte iniciada no Estado do Rio.

RECUPERAÇÃO NA ÚLTIMA SEMANA
A pesquisa mostrou um perfil semelhante na indústria, varejo e atacado: foi constatada uma ligeira recuperação na maioria dos indicadores na semana de 12 a 18 de abril, mas os números voltaram a cair na semana seguinte, com exceção do varejo. De maneira geral, os setores não retornaram ao patamar das vendas anterior ao das medidas restritivas. A maior queda nos valores das vendas que constam informados dos documentos fiscais emitidos entre 1º de março e 25 de abril foi da indústria (-43%), seguida do varejo (-41%) e do atacado (-29%).

Nas atividades varejistas, todos os setores tiveram perdas, mas que variam no que diz respeito ao volume de ICMS. Nesse item, o setor de vestuário e calçados foi o mais afetado, com redução de 83%. Depois, com perda de 64%, vem o de bares, restaurantes, padarias e lanchonetes. Já as empresas inscritas no Simples Nacional tiveram, entre 1º de março e 25 de abril, reduções de 40% no valor dos produtos e de 50% na quantidade de notas fiscais emitidas.

Entre 1º de março e 25 de abril deste ano, as principais quedas no ICMS recolhido na Substituição Tributária – sistema por meio do qual um único contribuinte é responsável pelo pagamento do imposto de toda uma cadeia produtiva – foram registradas nos seguintes produtos: combustíveis e lubrificantes, cervejas, chopes, refrigerantes, águas e em produtos alimentícios. O mesmo período registrou leve alta em medicamentos, outros produtos farmacêuticos, cigarros e outros produtos derivados do fumo.

As análises foram realizadas pela Assessoria de Estudos Econômico-Tributários e pela Subsecretaria de Estado de Receita, a partir das informações das Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e), das Notas Fiscais de Consumidor Eletrônicas (NFC-e) e dos Conhecimentos de Transporte Eletrônicos (CT-e), documento fiscal emitido pelas empresas transportadoras de mercadorias.

Confira aqui a íntegra do Boletim “Impactos da Covid-19”

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