Ministério de Saúde muda de comando em meio a crise da pandemia

O Ministério da Saúde anunciou no final da tarde desta quinta-feira, dia 16, mudança na pasta. O médico oncologista Nelson Teich é o novo ministro, substituindo Luiz Henrique Mandetta. Natural do Rio de Janeiro, Teich é graduado em Medicina pela UERJ, com especialização em Oncologia pelo Instituto Nacional do Câncer e empresário na área médica. Em seu discurso de posse, no Palácio do Planalto, Teich disse que “saúde e economia não competem entre si”, e que as decisões relacionadas sobre o combate ao novo coronavírus serão tomadas com base nas informações.

Ainda durante o discurso, informou que a base de seu trabalho será científica e que não haverá definições bruscas em relação ao distanciamento social. Paralelamente, no mesmo horário, na sede do Ministério da Saúde, o agora ex-ministro fez o seu discurso de despedida. Ele aproveitou pra alertar que “o país ainda não está preparado para flexibilizar as medidas de isolamento social adotadas para conter a pandemia do novo coronavírus”.

– Não pensem que estamos livres de um pico de ascensão dessa doença. O sistema de saúde ainda não está preparado para uma marcha acelerada. Sigam as orientações das pessoas mais próximas, que estão em contato com o sistema de saúde, que são os prefeitos, governadores e o próprio Ministério da Saúde – citou.

Ele mandou um recado aos servidores do Ministério da Saúde dizendo para que “nao tenham medo, não façam um milímetro do que acham que não deveriam fazer”. Em relação a demissão, Mandetta disse que a conversa com Bolsonaro nesta tarde foi “agradável”, e que entende que o presidente queira outra condução mais alinhada à sua percepção da crise.

MORTOS CHEGAM A QUASE DOIS MIL
Enquanto o país troca de comando na pasta da saúde, o número de infectados pelo novo coronavírus (Covid-19) não para de crescer. Segundo levantamento do MS nesta quinta-feira, os casos confirmados chegam a mais de 30 mil, enquanto o de mortes está próximo dos dois mil (1.924). A maioria dos casos vem do estado de São Paulo, com 11.568 casos confirmados e 853 mortes. O estado do Rio de Janeiro tem 3.944 confirmações e 300 mortes.

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