Niam de Resende segue trabalhando 24 horas em tempos de pandemia

A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) impôs ao Brasil e outros países a necessidade do isolamento social, fazendo com que comércio, serviços e indústria sejam suspensos, além do acesso a locais de maoir aglomeração serem proibidos. Essa condição provocou nas últimas semanas um aumento no número de denúncias tanto no país quanto no exterior no número de casos de violência doméstica, sendo as mulheres o principal alvo.

Um levantamento divulgado nesta quinta-feira, dia 2, pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos apontou para um aumento de 9% no número de denúncias na semana passada, em comparação com a semana anterior. Ainda de acordo com os dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do ministério, entre as primeiras semanas de março (de 1 a 16), a média diária foi de 3.045 ligações e 829 denúncias registradas. Enquanto que entre os dias 17 e 25 de março, foram 3.303 ligações e 978 denúncias, representando um aumento percentual de 8,47%.

Com o aumento nesses índices, o Núcleo Integrado de Atendimento à Mulher (Niam) segue trabalhando com cobertura total no atendimento, seja em horário administrativo na sua sede ou durante as noites e finais de semana, através do plantão. O serviço mantido pela Prefeitura de Resende, através da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, continua prestando assistência às mulheres vítimas de violência, fazendo o acompanhamento psicossocial e dando orientação jurídica.

De acordo com a Secretaria, pela perspectiva de aumento dos índices da violência doméstica durante o isolamento social, os acolhimentos e atendimentos podem ser feitos pelo telefone 3360-9824 ou presencialmente na Rua Macedo Miranda, n°81, no bairro Jardim Jalisco, de segunda a sexta-feira, de 8 às 17h. No Niam, as vítimas recebem atendimento com uma equipe multidisciplinar formada por mulheres assistentes sociais, psicólogas e advogadas. O órgão também possui articulação com o poder judiciário, polícia, patrulha Maria da Penha e assistência social, de acordo com cada caso, visando a superação do ciclo da violência. A denúncia de casos de violência é anônima e via telefone, pelo Ligue 180.

A secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Jaqueline Primo salienta que o acompanhamento psicossocial do NIAM visa a superação da violência, quanto as suas repercussões psicológicas, sociais e familiares. “O fenômeno da violência de gênero é muito complexo, vai desde as relações abusivas, que são mais difíceis de serem percebidas, até a violência física. Para muitas romperem esse ciclo e superar as questões emocionais e retomar suas vidas é necessária algumas intervenções, como a denúncia dos casos”, ressalta Jaqueline Primo.

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