Estudante supera momento difícil da vida através das mandalas

Luísa costuma produzir mandalas temáticas, um delas em homenagem a Oxum

Há dois anos, a estudante e professora de cursinho Luísa Ferreira retornou a Barra Mansa, e foi morar com os avós em um apartamento no Centro da cidade. Ela tomou essa decisão ao enfrentar dificuldades de subsistência em Campos, no Norte Fluminense, onde vivia com a ex-namorada e longe da família.

Antes de retornar para o Sul Fluminense, no entanto, já cursando Letras na Universidade Federal Fluminense (UFF – onde fez apenas dois semestres), uma amiga resolveu ajudar Luísa e deu uma sugestão de fonte de renda. “Na época, eu estava desempregada e minha vida estava difícil. Foi então que uma amiga me perguntou se eu não fazia mandalas. Ela me mostrou um tutorial que ensina a fazer as mandalas, comprei três cores diferentes de lã e palitos e aprendi a fazer”, relembra.

As primeiras mandalas foram feitas por Luísa quando ainda estava em Campos. “Elas ainda eram malfeitas, de apenas quatro pontas, mas mesmo assim eu levava para vender lá na UFF. Ainda assim, conseguia vender. Claro que isso eu fazia a preços mais acessíveis”, cita.

Desde então, lá se vão três anos de muitas mandalas produzidas. Pouco tempo depois, Luísa retorna a Barra Mansa, e passa a ter uma vida mais confortável. Trancou a matrícula na faculdade de Campos, e como ainda estava desempregada, se aperfeiçoou e voltou a fazer as mandalas com mais dedicação e mais precisão.

Ensinando alunos do Colégio Amparo, em Barra Mansa

– Depois disso, comecei a colocar uma qualidade maior na produção desse artesanato. O resultado é que eu passei a confeccionar desde os chaveirinhos (de R$ 1) até as gigantes mandalas (que podem chegar a R$ 50). Mas posso garantir que ainda são baratas – diz Luísa, que no ano passado faturou mais com a venda de mandalas no formato de girassol.

Além de mandalas de girassol (que segundo ela, estava na moda), a estudante conta que já produziu mandalas com feitos de linha, em forma de chakras, olho grego e até mesmo homenageando os orixás. E que vende o artesanato em quatro e oito pontas, mas que pretende aprender a fazer as mandalas de 12 e 16 pontas.

– Como agora estou empregada em um cursinho para vestibular e Enem, e também retomei meus estudos na faculdade (ela cursa o quinto semestre de Letras na UFF de Piraí), meu tempo para fazer as mandalas é reduzido. Mas eu tenho aproveitado para aprender novas técnicas nas férias, e talvez eu aprenda fazer de 12 e 16 pontas no meio do ano – justifica Luísa.

Desde que retornou a Barra Mansa, a estudante tem participado de feiras, outros eventos e oficinas de mandala. “A primeira feira da qual participei depois do meu retorno foi a primeira edição da feira de artesanato LGBT realizada aqui, há dois anos. E foi o evento no qual eu mais vendi minhas mandalas”, relembra.

Estudante vem participando regularmente de feiras e outros eventos na região

Atualmente, Luísa vende suas mandalas em Barra Mansa, Volta Redonda e Piraí. Questionada se ela tem clientes em Resende, ela diz que os mesmos preferem encomendar e buscar a mandala nos municípios citados anteriormente. “Cheguei a ser convidada a participar do ‘Sofá na Rua’, mas infelizmente não tive condições de estar presente”, cita a estudante, que em outras oportunidades visitou Visconde de Mauá e Penedo.

Além de produzir e comercializar suas obras de arte, Luísa também costuma participar de oficinas de produção de mandalas, uma delas em Mauá. “Na ocasião, uma escola da região realizou uma roda cultural, e fui convidada para o evento. As crianças e até mesmo um dos professores gostaram de fazer as mandalas”, relembra.

Os trabalhos de Luísa que estão à venda podem ser conferidos na página da Mandalar-te, com as fotos e os preços. É só clicar aqui. Já a fanpage da Mandalar-te pode ser conhecida aqui.

Fotos: Divulgação

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