Evento em Resende relembra Narcisa Amália

Um evento voltado a estudantes das séries finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio (maiores de 16 anos) relembrará a produção literária resendense, de Narcisa Amália até os dias atuais, nesta quarta-feira, dia 15, na Biblioteca Pública Jandyr César Sampaio, em Resende. O evento, que começa às 14h, faz parte do projeto Observatório XI, desenvolvido pela Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda com o objetivo de aproximar os novos escritores e leitores da Biblioteca, além de valorizar os talentos locais.

Durante o evento, o professor Ulisses Vasconcelos, da Associação Educacional Dom Bosco (AEDB), fará um breve histórico dos escritores resendenses, tomando como ponto de partida a obra de Narcisa Amália até chegar aos dias atuais, passando por Luiz Pistarini – autor da letra do Hino de Resende – e por Macedo Miranda, escritor que dá nome à Casa da Cultura de Resende, autor de “O Pão dos Mortos”, “Pequeno Mundo Outrora”, e “Sábado Gordo”, entre outros títulos.

A contribuição dada ao segmento pelos grêmios literários, que tiveram forte atuação na cidade nas décadas de 1980 e 1990, e ainda continuam seu trabalho também será abordada durante a palestra, assim como a produção literária verificada nos últimos anos no município, com o lançamento de vários títulos, de novos autores. Entre eles Renato Martini, autor de “Unhero Sung”; Ângelo Tramezino, que publicou “O Pequeno Puri”; e Patrícia de Arias, escritora radicada em Resende, autora de “O Caminho de Marwan”.

A ideia da Fundação é promover encontros como este regularmente, inclusive com a presença dos autores, que poderão abrir o diálogo com o público, falando um pouco de seu processo criativo.

À FRENTE DE SEU TEMPO
Nascida em São João da Barra, em 1856, Narcisa Amália foi poeta e escritora, além de ser a primeira jornalista profissional a atuar no Brasil. Filha do poeta Jácome de Campos e da professora Narcisa Inácia de Campos, a escritora, considerada uma mulher a frente de seu tempo, mudou-se para Resende aos 11 anos e casou por duas vezes, a primeira aos 14 anos. Movida por forte sensibilidade social, combateu a opressão da mulher e o regime escravagista.

Colaborou na revista A Leitura, entre 1894 e 1896, e escreveu muitos artigos de cunho feminista e republicano. Seu único livro, “Nebulosas”, foi publicado em 1872 e teve uma nova edição lançada em 2017. A obra foi muito bem recebida na época de seu lançamento, tendo sido comentada, inclusive por Machado de Assis. Narcisa Amália morreu em 24 de junho de 1924, no Rio de Janeiro.

Fotos: Reprodução/Internet e Carina Rocha/PMR

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