Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal aponta queda em Resende e região

Resende apresentou queda maior nos índices de emprego e renda

Levantamento divulgado nesta quinta-feira, dia 28, pelo Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), divulgado pelo Sistema Firjan, aponta que com a crise econômica sofrida desde 2014, houve queda nos dados dos municípios da região do Médio Paraíba, fazendo com que alguns deles, considerados de alto desenvolvimento no estado do Rio de Janeiro, saíssem dessa lista.

No ano de 2014, quatro municípios dessa região eram considerados de alto desenvolvimento: Volta Redonda, com IFDM de 0.8299; Resende, com IFDM de 0.8163; e Piraí, com IFDM de 0.8076, ocupando a terceira, a oitava e a décima-primeira posições no ranking do índice estadual, respectivamente.

No ano seguinte, com a chegada da crise, houve uma queda nos índices dessas cidades, que atualmente ocupam a lista de municípios com desenvolvimento moderado. Piraí atingiu o IFDM de 0.7646; Resende chegou ao IFDM de 0.7892, e Volta Redonda teve um IFDM de 0.7955. Mesmo assim, levando-se em conta a queda nos dados de outros municípios, Piraí subiu para o décimo lugar no ranking e Resende ficou em sexto lugar, enquanto Volta Redonda caiu para o quinto lugar.

A queda do IFDM se manteve em 2016 para Resende (IFDM 0.7787) e Volta Redonda (IFDM 0.7921), mas houve um pequeno crescimento em Piraí (IFDM 0.7931), superando os outros dois municípios da região no ranking. Piraí está na terceira posição, enquanto Volta Redonda vem logo atrás e Resende voltou para a oitava posição.

Em Volta Redonda, município que nesta quinta-feira, dia 28, recebeu dois prêmios de Prefeito Empreendedor do Sebrae, mostrou índices mais preocupantes no setor premiado. O índice de emprego e renda, que era de 0.7276 em 2014, caiu vertiginosamente para 0.5909 no ano seguinte e sofreu uma pequena queda em 2016, com o IFDM de 0.5905.

Segundo os dados do IFDM, mesmo com vantagem sobre Volta Redonda, os menores índices de Resende também estão na geração de emprego e renda. Em 2014, o índice era de 0.7216; no ano seguinte houve uma forte queda de 0.6335; e em 2016 chegou a 0.6045. Nos demais índices, saúde e educação, esses números ainda se mantêm em alto desenvolvimento.

Os números mais altos estão na área da saúde, com 0.8875 no ano de 2014. Ainda assim, o índice sofreu um decréscimo de 0.8859 em 2015 e chegou a 0.8806 em 2016. Já na educação os números cresceram: o IFDM foi de 0.8399 em 2014, passando para 0.8482 em 2015 e atingindo os 0.8511 em 2016.

Em todo o estado, apenas Itaperuna, no Noroeste Fluminense, e Nova Friburgo, na Região Serrana, conseguiram manter o IFDM alto nos últimos dois anos do levantamento no território fluminense. O município da Região Serrana, inclusive, ficou no topo do ranking em 2014 e 2015, e deu lugar a Itaperuna em 2016.

SAÚDE E EDUCAÇÃO POUCO AVANÇARAM NO PAÍS
Em todo o Brasil, a situação não é muito diferente. A crise também fez com que o nível socioeconômico das cidades brasileiras retrocedesse em três anos. O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal tem base em dados oficiais de 2016. Segundo o estudo, na comparação com 2015, as áreas de Educação e Saúde tiveram o menor avanço da última década e não compensaram as perdas do mercado de trabalho nos últimos anos. A recessão fez com que o IFDM Brasil atingisse 0,6678 ponto (desenvolvimento moderado), abaixo do índice de 2013.

O índice monitora todas as cidades brasileiras e a avaliação varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1 maior o seu desenvolvimento. Cada uma delas é classificada em uma das quatro categorias do estudo: baixo desenvolvimento (de 0 a 0,4), desenvolvimento regular (0,4 a 0,6), desenvolvimento moderado (de 0,6 a 0,8) e alto desenvolvimento (0,8 a 1). São acompanhadas as áreas de Emprego e Renda, Saúde e Educação e avaliadas conquistas e desafios socioeconômicos de competência municipal. O IFDM, com os dados específicos de cada município, rankings e análises, pode ser acessado aqui.

Foto: Reprodução/Internet

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