Um imóvel localizado na Rua Luiz Cleto da Rocha, no Centro de Resende, desabou na manhã deste sábado, dia 11. No local funcionava uma oficina que também servia de estacionamento para os veículos. O proprietário da oficina, Ricardo Fortes, estava presente em seu estabelecimento no momento que a estrutura do telhado cedeu.
– A gente acha que nunca vai acontecer esse tipo de coisa, nem saberia te dizer se isso de fato iria acontecer conosco – desabafou o filho de Ricardo, o industriário Renato Fortes, que se dirigiu ao local assim que soube do desabamento.
Segundo Ricardo, que não se feriu, apenas ele e mais dois funcionários se encontravam no imóvel, um deles apenas teve arranhão em um dos braços, e foi levado para o Hospital de Emergência, e o outro se encontrava dentro do escritório do estabelecimento, que não foi atingido pelas telhas e a estrutura do telhado.
O imóvel, na verdade uma construção centenária, se encontrava em péssimo estado, o que contribuiu para que ocorresse o desabamento. Questionado sobre o imóvel que desabou, Ricardo revela que havia alugado o espaço há quase 50 anos, e que não se lembra de quando fez reformas no local.
O local ficou quase que totalmente destruído em sua fachada, principalmente na entrada do estacionamento. De acordo com o Diretor da Defesa Civil, Atanagildo Oliveira, foi realizada uma perícia no local, onde foi constatado que as duas extremidades da estrutura do telhado cederam com o peso da chuva que caiu entre a madrugada e a manhã deste sábado. Também foram contabilizados danos em 11 veículos que se encontravam estacionados, sendo que houve perda total em dois deles.
– Com a quebra das duas extremidades, as telhas correram e caíram junto com a estrutura do telhado por cima dos veículos, inclusive ainda há uma coluna pendurada que pode desabar a qualquer momento. Estamos interditando o local e a rua junto com a Guarda Municipal, e a polícia está periciando também para avaliar as perdas materiais – explica.
A previsão é de que o local continue interditado ao tráfego até a próxima segunda-feira, dia 13, quando haverá a remoção dos escombros e dos veículos danificados. A interdição vem preocupando alguns proprietários de carrinhos de lanches, como é o caso do microempreendedor Athayde Alexandre Corrêa.
– Já faz dois anos e meio que eu guardava meu carrinho de churros e pipoca neste estacionamento, eu e mais três colegas estamos nessa situação, e estamos sendo prejudicados, pois não podemos entrar para buscar nosso carrinho até segunda-feira. Tem que ser agora, senão fica difícil pra gente. Até imaginei que desabaria isso aqui um dia, mas do lado onde está o meu carrinho (que não sofreu danos) – conta indignado.
Um dos microempreendedores, devido à necessidade financeira, foi o único autorizado pela Defesa Civil e Guarda Municipal a buscar seu carrinho de cachorro-quente. Athayde terá que aguardar até segunda para pegar seus pertences no local. Atanagildo prevê que o trabalho de remoção será longo, mas que começará na segunda-feira.
