Ministério da Saúde se preocupa com reaparecimento do sarampo na Europa

Com o reaparecimento de doenças já eliminadas no mundo, o Ministério da Saúde reiterou nesta terça-feira, dia 3, a importância de se vacinar no Brasil. O alerta dado pelo órgão público vem após a divulgação de que países como a França, Itália, Alemanha, Bélgica, Bósnia, Geórgia, Cazaquistão, Romênia, Sérvia, Dinamarca e Ucrânia estariam sob risco de surtos de sarampo e/ou rubéola. Eliminado no Brasil desde 2001, o sarampo é endêmico em nove países da Europa, como aponta o boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS). E a rubéola, eliminada no Brasil desde 2010, é considerada endêmica em 14 países europeus.

Com isso, segundo o MS, é necessário que a caderneta de vacinação da população seja atualizada, uma vez que existe o risco do vírus voltar a circular no país.

Dessa forma, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibilizou a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) para evitar essas doenças. Segundo o órgão, pessoas de 12 meses a 29 anos de idade devem receber a primeira dose aos 12 meses de idade da tríplice viral e aos 15 (quinze) meses, uma dose da vacina tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varíola), que corresponde à segunda dose da vacina tríplice viral e uma dose da vacina varicela.

Caso haja atraso na vacinação, crianças até quatro anos de idade ainda poderão receber a vacina com o componente varicela. A partir de cinco até os 29 anos de idade, deverão ser administradas duas doses com a vacina tríplice viral. Pessoas de 30 a 49 aos de idade devem receber uma dose da vacina tríplice viral.

Em 2016, a taxa de cobertura da vacina tríplice viral, administrada em crianças de um ano, atingiu 95,4% do público-alvo. O índice é ideal, visto que a meta para esta vacina é de atingir 95% do público, porém, a segunda dose administrada aos 15 meses da vacina tetra viral teve menor adesão, com 89,2% das crianças vacinadas.

ELIMINAÇÃO
O Brasil recebeu, no segundo semestre de 2016, o certificado de eliminação do sarampo da Organização Panamericana de Saúde (OPAS). Desde o ano 2001, não havia registro de casos autóctones da doença no Brasil. Entre 2013 e 2015, ocorreram surtos relacionados à importação, sendo que o maior número de casos foi registrado nos estados de Pernambuco e Ceará. Após a implementação de medidas de prevenção e controle, como intensificação vacinal, campanhas de seguimento, bloqueio vacinal, varredura e monitoramento rápido de cobertura vacinal, a transmissão foi interrompida.

Para manter a eliminação do sarampo, a OPAS/OMS e o Comitê Internacional de Peritos (CIE) para a Eliminação do Sarampo e da Rubéola recomendam a todos os países das Américas que fortaleçam a vigilância ativa e mantenham a imunidade de sua população por meio da vacinação.

O Brasil alcançou a meta de eliminação da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita, até o ano de 2010. Desde então, não há registro de casos no país. Em 2008, ocorreu a maior Campanha de Vacinação da Rubéola no mundo, com 65,9 milhões de pessoas na faixa etária de 19 a 39 anos de idade vacinadas, nos Estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Maranhão. Nos demais estados, a faixa etária foi de 20 a 39 anos de idade. Nesse ano, a cobertura vacinal foi de 94%.

Foto: Arquivo

Fonte: Agência Saúde

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