Festival do Café em Vassouras e a porcaria do Ministério

Fim de semana passado estive em Vassouras no Festival Vale do Café. Havia lá uma atmosfera envolvente de cultura e arte temperada por um astral gostoso, apesar do enfraquecimento do evento deste ano, segundo gente que já vem há tempos acompanhando o Festival.

A falta de patrocinadores de peso, como nas edições anteriores limitou manifestações como, o ‘Cortejo das Tradições’ composto por grupos de Jongo, Folia de Reis, Calango, Capoeira e outros, que normalmente se espalhariam por diversos pontos da magnífica praça Eufrásia Teixeira Leite. Os grupos se apresentaram em frente ao antigo Paço Municipal e ali mesmo encerraram suas participações.

E por falar em praça, sempre que vou aquela cidade, me encanto com aquela praça, belíssima e imponente como seu próprio nome, e, abençoada pela matriz de Nossa Senhora da Conceição, que pontifica no extremo mais alto do logradouro em retângulo. Uma lindeza.

Depois de apreciarmos ótimas apresentações musicais (orquestra do Projeto de Inclusão Musical, violeiros, etc) fomos encerrar a noite na ‘Broadway’. Na mesa, eu com Madame “M” e amigos, dividíamos comentários e observações entre uma suposta decadência do Festival e a pujança que ainda se nota entre as atividades oferecidas.

A conversa desaguou no lugar comum da constatação de como as autoridades, de um modo geral, vem a cultura. As artes. Nunca é uma prioridade. São os próprios artistas e alguns abnegados que resistem e empunham essa bandeira. Com as devidas exceções de praxe.

E a conversa naquela noite fria de Vassouras poderia muito bem estar legendando a realidade a nível nacional, que num mau exemplo para as demais esferas administrativas país afora, desde maio não tinha um ministro da cultura.

Enfim o (des)governo Temer (com licença da má palavra) nomeou um novo ministro, o jornalista Sérgio Sá Leitão. Embora tenha sido ele, uma espécie de cria de Gilberto Gil quando este ocupou a titularidade da pasta no governo Lula, Leitão é ligado a Roberto Freire, uma das personalidades mais desprezíveis da política atual.

Alias Freire era o ministro até 18 de maio quando se afastou do ministério, meio que com o rabo entre as pernas após a delação daqueles empresários do ramo de frigoríficos. Leitão teve passagens outras pela administração da cultura e nunca foi uma unanimidade positiva. Tido como centralizador e por alimentar um pendor por impor sua visão de mundo.

Mas como gosto de procurar algo de bom mesmo nas tragédias, a entrada desse Leitão, barrou a nomeação de uma desimportante deputada, para a chefia de ministério de tamanha importância. Segundo a grande imprensa, a loura Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha de outra abjeta figura chamada Roberto Jefferson, cobiçava a nomeação. Vade Retro.

Então é assim meus amigos. A gerir nossa Cultura a nível nacional temos agora esse jornalista, Leitão, que para um governinho chinfrim como o de Temer, está de bom tamanho. Para ser coerente com o Governo, não podemos esperar nada de bom desse leitão. (Credo! por um momento me passou pela cabeça que o sujeito poderia ser parente da Míriam Leitão. Não, aí já seria porcaria demais. Não merecemos).

TRIPA
** O projeto ‘Memória do Bar Atlântico’ está decolando e a figuraça inaugural é nada mais nada menos que a entidade, Claudionor Rosa. A gravação está em fase de edição. Mais informações nas futuras colunas.

** Falando em Atlântico, quinta tem karaokê. Quem sabe numa dessas desafortunadas noites vocês me flagram assassinando um samba, apesar da boa companhia do Nelsão??

** Vamos lá Fogão!!

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