Pesquisa aponta recorde de senadores investigados pelo STF

Todos os senadores do Acre, Alagoas, Amazonas, Minas Gerais, Rondônia e São Paulo estão sob a mira de investigações do STF.

Num levantamento realizado pela Revista Congresso em Foco, mostra que pelo menos seis em cada dez senadores são alvo de inquéritos, ações penais ou recursos de condenação em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).

Dentro desse universo de falcatruas, todos os representantes titulares de seis estados brasileiros no Senado estão às voltas com procedimentos criminais em andamento no Supremo. Estados como Acre, Alagoas, Amazonas, Minas Gerais e Rondônia têm todos os três senadores em exercício respondendo a inquéritos criminais, com apenas o estado de São Paulo livre disso, pois um dos senadores titulares (ministro Aloysio Nunes, das Relações Exteriores), também com pendências no tribunal, está de licença.

No total, são no mínimo 48 os senadores com procedimentos abertos no STF, dos quais desses, 34 estão sob investigação da Operação Lava Jato. Estes dados apresentam um recorde se vistas informações de casos desde março 2004, com um número surpreendente de senadores respondendo por suspeita de crimes.

No último levantamento realizado em abril deste ano, eram 42 senadores investigados, o que já se apresentava como recorde na instância.

Ainda, esse número pode vir, já que o STF mantém alguns inquéritos ocultos. Nesse caso, o procedimento sequer aparece no banco de dados disponível no portal do tribunal, que serviu de base para a produção do levantamento.

Outra curiosidade encontrada é que, das unidades da federação, somente o Distrito Federal e Mato Grosso do Sul não têm nenhum senador acusado ou suspeito de envolvimento em práticas criminosas.

Dos males, os piores

Imagem de Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas.

A lista é encabeçada por Renan Calheiros (PMDB-AL), com 12 inquéritos e uma ação penal; seguindo-se Valdir Raupp (PMDB-RO), com sete inquéritos e quatro ações penais, e Aécio Neves (PSDB-MG), com nove inquéritos, o que faz dele um recordista de investigações decorrentes da Operação Lava Jato.

Recentemente, para relembrar o caso, Aécio foi gravado por Joesley Batista, um dos donos do Grupo JBS e delator de diversos esquemas de corrupção, pedindo-lhe R$ 2 milhões. Segundo Joesley e o Ministério Público, tratava-se de pagamento de propina em razão do apoio dado por Aécio às atividades do conglomerado famoso por controlar a empresa Friboi. O senador chegou a ser afastado das funções, mas retomou o exercício do mandato em 30 de junho, um dia antes do recesso do Judiciário, por decisão do ministro Marco Aurélio Mello.

Entre os senadores mais encrencados está Ivo Cassol (PP-RO), o primeiro senador da história da República condenado à prisão, com a sentença definitiva que saiu há quatro anos, em agosto de 2013, porém, Cassol não só continua em liberdade como está em pleno exercício do mandato, participando de algumas das principais decisões do país como presidente da Comissão de Agricultura do Senado.

Cassol ainda acumula oito procedimentos investigatórios, dos quais cinco são inquéritos e três são ações penais.

Fonte: Congresso em Foco

Foto: Congresso em Foco/Jornal do Brasil/Rede Almeidense

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