Depressão e Obesidade: aliadas contra a saúde

15456566666No Dia Mundial da Saúde, comemorado nesta sexta-feira, dia 7, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elegeu a depressão como o tema da campanha de 2017. Esse transtorno pode surgir em qualquer idade e em qualquer etapa da vida. Estima-se um número de 350 milhões de pessoas no mundo hoje que sofrem de tal mal. A doença atinge de forma mais intensa alguns grupos, como, por exemplo, os obesos.

Pesquisas mostram que aproximadamente 30% das pessoas que procuram tratamentos para emagrecer apresentam algum grau de depressão., por esse e outros fatores que recomenda-se que o combate à obesidade seja uma tarefa multidisciplinar, sempre contando com a presença e apoio de um psicólogo na equipe.

O Programa Estadual de Cirurgia Bariátrica do Rio  de  Janeiro, criado em 2010 pelo médico Cid Pitombo, implementou o acompanhamento de psicólogos no período pré-operatório e por pelo menos dois anos após feita a cirurgia.

Jacqueline Machado, psicóloga e coordenadora do trabalho no Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, diz que o paciente obeso chega, na maioria dos casos, com baixa autoestima, vítima de preconceitos, além de muitas vezes sem trabalho, com problemas nos relacionamentos e dificuldades até mesmo para fazer sua higiene pessoal. O trabalho já começa a atuar na mudança de pensamento do paciente que chega nesse estado deplorável. A mudança dos hábitos alimentares, de higiene e psicológicos devem ser tratados logo de início antes de algo tão radical como um procedimento cirúrgico.

Gordinho 321564Assim como a OMS recomenda falar mais e coletivamente sobre depressão para aprender a detectá-la, os encontros dos pacientes candidatos a cirurgia bariátrica pelo SUS no Rio de Janeiro são feitos em grupo, para que todos se apoiem, pelo menos uma vez por semana. Jacqueline ressalta que a comida não é somente alimento para essas pessoas, ela age como forma de uma função de antidepressivo, ansiolítico e até de companhia.

Essa mudança é de fato difícil de ser realizada, mas necessária para que o procedimento operatório passo ser feito, começando antes com essa tomada de uma atitude mais saudável, para que a recuperação pós-cirurgia seja rápida, dentro de um processo integrado de consciência e saúde.

A média mensal de atendimentos ambulatoriais do Programa é de 2.000 pacientes, sendo 40 operados a cada 30 dias. Ao todo, mais de 1.600 pessoas já passaram pelo procedimento, com taxa de sucesso de 99% – eficiência equivalente aos principais centros mundiais de cirurgia.

Um estudo inédito feito pela equipe de Cid Pitombo apontou que os resultados pós-procedimento são evidentes pouco tempo depois, com uma melhora na vida sexual e financeira dos ex-gordinhos. Cerca de 40% dos pacientes afirmaram que a vida sexual passou de ruim para muito boa; 14% disseram que a vida entre quatro paredes passou de boa para ótima. Os novos magrinhos também relataram aumento de mais de 30% na renda familiar.

Para tanto, a pesquisa ouviu pacientes do Programa Estadual de Cirurgia Bariátrica, homens e mulheres, entre 20 e 50 anos, moradores de todo o Rio de Janeiro.

Fonte: Assessoria  de Comunicação (Danthi Comunicações)

Foto: The Balance/Medium/The Times

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