Portela é campeã depois de 33 anos de espera

Paulo Barros ergue o troféu do título da Portela (Foto: Alexandre Durão/G1)
Paulo Barros ergue o troféu do título da Portela (Foto: Alexandre Durão/G1)

A escola de samba Portela quebrou um jejum de 33 anos e é a grande campeã do carnaval do Rio de Janeiro de 2017. No segundo ano com o carnavalesco Paulo Barros, a escola de Madureira desfilou na avenida o enredo “Quem Nunca Sentiu o Corpo Arrepiar ao Ver esse Rio Passar”. Agora com 22 títulos, a Portela é a escola que mais vezes foi campeã. A Mocidade ficou em segundo lugar.

A apuração das notas, que aconteceu na tarde desta quarta-feira, dia 1º, na Marquês de Sapucaí, foi equilibrada do começo ao fim, e apontava as favoritas ao título, Portela, Mangueira e Salgueiro. Com o decorrer da leitura das notas, a azul-e-branco – que parecia ter como principal concorrente a coirmã campeã do ano passado – acabou ganhando de forma surpreendente outra postulante ao caneco, a Mocidade, que levou para a avenida uma comissão de frente muito aplaudida, com direito a aeromodelo reproduzindo o voo de Aladim em seu tapete (a agremiação de Padre Miguel falou do Marrocos, país árabe localizado na África).

E foi exatamente nesse quesito que a escola de Madureira ficou em desvantagem. Caso a apuração terminasse em empate em todos os quesitos, a Mocidade seria campeã, pois só levou notas 10 no quesito que abre os desfiles contra dois décimos perdidos da Portela. A comissão de frente era o primeiro quesito de desempate entre as duas. Porém, isso não aconteceu. Na leitura do último quesito (enredo), a Mocidade acabou perdendo décimos preciosos. A azul-e-branco gabaritou o quesito e foi declarada campeã.

Ficaram em último lugar a Unidos da Tijuca e a Paraíso de Tuiuti, mas este ano não haverá rebaixamento para a Série A. A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa), após decisão tomada com a maioria dos dirigentes das agremiações, por causa dos acidentes que ocorreram com os carros das duas escolas no sambódromo. A festa na quadra da escola só acabou de madrugada, e chegou a fechar o trânsito, já que o Império Serrano também foi campeão na Série A e disputará o Especial em 2018.

No próximo sábado, dia 4, acontece o Desfile das Campeãs. Além das duas primeiras colocadas, Salgueiro, Mangueira, Grande Rio e Beija-Flor completam a lista das seis que participarão do evento.

EM SÃO PAULO TEVE CAMPEÃ INÉDITA
A escola de samba Acadêmicos do Tatuapé foi campeã do Carnaval Paulistano de 2017. Esta é a primeira vez que a agremiação da Zona Leste ganha um título do Grupo Especial, após a leitura das notas do último quesito, de samba-enredo, superando a Dragões da Real no critério de desempate.

A escola foi fundada em 1952 com o nome de Unidos de Vila Santa Isabel e mudou para Acadêmicos do Tatuapé em 1964. Viveu altos e baixos, e rebaixamentos ao Grupo de Acesso. Em 2008 a escola inovou ao criar o cargo de “rei da bateria”, dando essa missão ao professor de dança Daniel Manzioni. A escola subiu para o Grupo Especial em 2013 e quase caiu em 2015, superando a Mancha Verde no critério de desempate.

A Dragões ficou em segundo lugar, seguida da Vai-Vai, Império de Casa Verde (campeã em 2016) e Rosas de Ouro, e voltarão para o Desfile das Campeãs, na próxima sexta-feira, dia 3. Já a Águia de Ouro e a Nenê de Vila Matilde foram rebaixadas para o Acesso.

Fonte e fotos: G1

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