“Tons circenses” na cerimônia de posse do prefeito, vice e vereadores de Resende


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“Lamentável que a sessão inicial de uma cidade do porte de Resende tenha tons circenses como acabamos de ver”. Estas foram as palavras do padre Rafael (da paróquia Sagrada Família) presente à cerimônia de posse, no auditório do Instituto Salesiano, na tarde dia 1º. Padre Rafael referiu-se ao embate para a eleição da Mesa Diretora que teve duas chapas inscritas: a primeira, chapa 1, liderada pelo vereador que presidiu a sessão, Roque Cerqueira (PDT) e a segunda, pelo vereador novato Caio Sampaio (Rede) que impugnou a chapa 1 e usou sua verve de advogado sindical para ganhar a simpatia do público alegando que a chapa de Cerqueira estava ilegal e até gritando que era “golpe”. O público se manifestou com vaias e aplausos. A impugnação da chapa liderada pelo vereador Roque foi revogada por ele mesmo, já que presidia a sessão de posse, o que também foi questionado por Sampaio.

No parecer que desconsiderou a decisão da então presidente Soraia Balieiro (PSB) para impugnar a chapa 1, a fundamentação foi feita apontando que o pedido de impugnação foi apresentado fora do prazo legal e que os artigos citados sobre não ter nomes reconduzidos em período subsequente não se aplica a um novo mandato. É que o vereador Caio Sampaio alegou que o vereador Tivo (PP) que entrou na Mesa não poderia ser primeiro secretário, pois acabou de ocupar essa posição. Por fim, apesar dos ânimos acirrados, o vereador Roque colocou em votação e o secretário nomeado Renam Marassi (PPS), fez a chamada um a um para votação. A chapa 1 foi eleita por 10 votos a 06. O vereador Sampaio e integrantes da chapa derrotada saíram do auditório informando que vão recorrer na Justiça. “A gente sai sem saber quem tá realmente certo, mas com a certeza que os trabalhos já iniciam com uma Câmara partida”, observou o jornalista Lais Amaral.

COMPROMISSO E POSSE

A cerimônia começou com quase uma hora de atraso, foram feitos os compromissos, assinaturas e foi dada posse aos 16 vereadores presentes. O vereador eleito Tisga Vieira (PPS), apesar de diplomado foi impedido de tomar posse por força da Justiça já que responde por fraude em programa social do governo. A primeira ação do presidente Roque Cerqueira deverá ser a convocação do suplente do PPS, o advogado Rafael Saldanha. Depois da posse dos vereadores foi a posse do prefeito Diogo Balieiro Diniz (PSD) – foto acima – e do vice-prefeito Geraldo da Cunha, o Geraldinho (DEM). Diniz lendo o discurso agradeceu aos eleitores, a equipe e ao vice; parabenizou o pai, ex-vereador Aluizio Balieiro, pelo aniversário na data da posse e disse que sua vitória é a esperança: “Tenho plena consciência que a vitória é a esperança de uma cidade melhor. Nossa campanha singela e independente é um sinal de novos tempos”, afirmou e repetiu o compromisso de um governo que se pautará numa gestão mais eficiente, com “a máquina mais enxuta e guiados pela honestidade e sacrifício pessoal”. Após o encerramento foi feita a transmissão do cargo na Prefeitura de Resende, onde estava o ex-prefeito José Rechuan Junior (PP) que não compareceu à cerimônia de posse. No evento, muitas pessoas perguntavam se seria feito o anúncio da equipe do novo governo, mas não houve qualquer pronunciamento sobre o Secretariado e/ou possíveis mudanças administrativas.

Fotos: Maria Nina Souza Lourenço (colaboradora)

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