Enquanto familiares ainda lutam para que consigam ter acesso a filhos, netos, irmãos e primos que cumprem penas nos presídios e cadeias públicas de outros municípios, falta pouco para que a obra da Cadeia Pública de Bulhões, em Resende, fique pronta. Foi o que informou através de sua assessoria da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), dizendo que “a mesma está em fase de ajustes finais”.
No entanto, a Seap não deu qualquer informação sobre quando acontecerá o encerramento das obras e a inauguração desta, que tem dividido opiniões no município. De um lado, estão as famílias daqueles que cumprem penas ou esperam julgamento e entidades que trabalham em prol destes, favoráveis à construção, mas que quase não possuem qualquer apoio político ou de boa parte da sociedade, fato que pode ser constatado na ausência de vereadores e do prefeito, inclusive dos eleitos recentemente em evento realizado nesta segunda-feira, dia 17, na Câmara.
Do outro, estão ex-proprietários das terras vendidas para a construção da Cadeia Pública e moradores de Bulhões, que temem por prejuízos econômicos na região e pela falta de segurança que poderia ser provocada por negligência das autoridades, contrários a essa construção. O assunto é constantemente discutido desde 2003, quando aconteceram os primeiros debates sobre a construção de uma unidade prisional.
Inicialmente planejada para ser construída no bairro Surubi, a Cadeia passou a ser construída em Bulhões, após ajustes no edital de licitação. Mas em 2013, em entrevista ao jornal BEIRA-RIO, ex-proprietários pediram o embargo da obra. Ainda assim, a unidade segue em fase de construção, e em 2015 foi anunciado que o local terá vagas para homens e mulheres, no total de 432 vagas. Atualmente, os presos são transferidos para as unidades de Volta Redonda, Bangu e Japeri.
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